Trago-lhe hoje, para seu divertimento e melhor conhecimento da minha aldeia, três nótulas: uma relativa ao decréscimo da população ao longo dos tempos, outra sobre a «Rota dos Casteleiros» e uma referência a um site que tem centenas de lindas fotos da minha terra. Basta abrir! Veja mais adiante e obrigado por me ler…

Rota dos Casteleiros
Tantas e tantas vezes que se falou já deste caminho entre Sortelha e o Casteleiro! Mas o que é isso afinal e porquê «dos Casteleiros»? Vamos explicar tudo…
Trata-se de um trajecto para percorrer a pé, entre o Casteleiro e a Vila, seguindo pelo caminho do «Marneto», depois pela Calçada Romana (eu sempre achei que esta calçada era do tempo dos romanos e não apenas medieval…) até Sortelha, atravessando toda a Serra da Vila, pelo vale.
É um bonito circuito, com ar do mais puro do mundo… e sempre com paisagens do arco da velha, por aquela serra acima, por montes e vales, por assim dizer.
Na minha opinião, chamaram-lhe Rota dos Casteleiros, porque nos séculos em que foi construído o castelo de Sortelha, lá por aquele século XIII (1200 e tal), quem transportou as pedras, quem as alinhou e as «cimentou», quem fez o castelo físico, de pedra, com trabalhos árduos e sem interrupção, foram pessoas que viveriam ali no vale que hoje é o Casteleiro. às pessoas que construíram o casrtelo chamava-se «os casteleiros». Daí, seguramente, o nome da minha aldeia: Casteleiro.
Nota: a percurso aconselhado neste ‘site’ é ao contrário: de Sortelha até ao Casteleiro – mas eu acho que de cá de baixo para lá para cima é que é…
Fiquem-se pois com a bela «Rota dos Casteleiros». Vejam bem… [Aqui.]
Uma nota final: estas belas paisagens estão dentro de mim como se fossem parte integrante do meu organismo: o meu avô paterno estava sempre no Carmelo e no Marneto – e muitas vezes eu ia lá ter com os meus tios. Dali para Sortelha é sempre a subir pela encosta extraordinariamente bonita da Serra da Vila, onde fomos algumas vezes pela tal Calçada Medieval/Romana…

Tantas fotos da minha aldeia!
Tinha escrito assim: «Mais de mil fotos da minha aldeia.» Claro que era só uma maneira de dizer. Mas emendei. Por acaso, até foi o que pensei quando «folheei» as páginas deste novo site que lhe trago hoje também: mais um.
Mas depois verifiquei que o autor até refere o número exacto: são ao todo 120 fotos da minha terra. Uma exposição on line digna de registo e digna de ser vista.
Se não acredita, clique no link aí em baixo e vá folheando o registo do autor que assina como «Sortelha/Sabugal». Obrigado a quem quer que tenha tido a belíssima ideia. A minha aldeia merece isto, mesmo!
Delicie-se com estes centenas de fotos da aldeia, tal e qual como ela é… [Aqui.]

População e suas características entre 1864 e 2011
Pois é: desde os meus 12 anos que a população da minha terra vem diminuindo, depois de uma alta no fim do século XIX e um crescimento continuado na primeira metade do século XX.
De facto, em meados do século XIX, a aldeia tinha perto de 900 habitantes. No início do século XX já andava pelos 1.200. A partir daí, cresceu de forma regular:
– em 1920: 1.250 habitantes;
– em 1930: 1.290;
– em 1940: 1. 487;
– em 1950: 1.578.
Mas a partir de então, foi descendo:
– em 1970 já só tinha 885, como um século antes;
– em 1990: cerca de 560;
– em 2010: à volta de 360.
Actualmente terá mais ou menos 300… se tanto. Recolhi estes dados essencialmente neste site que venho referindo. Pode ver mais pormenores. basta abrir… [Aqui.]
Obrigado por me ler! Até para a semana, à mesma hora, no mesmo local!
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«A Minha Aldeia», crónica de José Carlos Mendes
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Janeiro de 2011.)
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