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Página Principal  /  Aldeia de Joanes • Aldeia de Joanes • Bismula • Cultura • Fundão • Livros • Opinião  /  Ezequiel Alves Fernandes – um cidadão multifacetado
08 Maio 2022

Ezequiel Alves Fernandes – um cidadão multifacetado

Por António Alves Fernandes
Aldeia de Joanes, Aldeia de Joanes, Bismula, Cultura, Fundão, Livros, Opinião antónio alves fernandes, ao luar da história, ezequiel alves fernandes, setúbal 2 Comentários

Ezequiel Alves Fernandes, nasceu na freguesia da Bismula, concelho do Sabugal, em 9 de Janeiro de 1957, filho de José Maria Fernandes Monteiro e de Maria da Piedade Alves Lavajo Martinho, um dos filhos mais novos de uma prole familiar composta por seis irmãos e quatro irmãs.

Ezequiel Alves Fernandes durante uma prova de atletismo
Ezequiel Alves Fernandes durante uma prova de atletismo

Os pais de Ezequiel Alves Fernandes além de colaboradores, da amizade com o pároco – Padre Ezequiel Augusto Marcos –, quiseram homenageá-lo e atribuíram e registaram na Conservatória do Registo Civil do Sabugal a um dos seus filhos com o nome de Ezequiel.

Actualmente com sessenta e cinco anos de idade, a vida de Ezequiel Alves Fernandes, não foi fácil no seu percurso.

Com um ano de idade, em Fevereiro de 1958 é acometido da doença difteria, mais conhecida pelas gentes arraianas pelo «garrotilho». Numa gélida madrugada daquele mês, ao colo de sua mãe, transportada pela burra «Farrusca», acompanhados pelo irmão mais velho de doze anos, por trancos e barrancos vão de urgência a caminho de Alfaiates (Sabugal), à procura de um médico, um «João Semana» – Dr. José Manso Rocha –, que andava a podar videiras, mas tarde um celebre dentista no Fundão. Num ápice estava junto da criança aplica-lhe soro diftérico e com poucas esperanças de salvamento, esclarece a mãe: «Vamos lá ver se o salvo dos anjinhos.» Salvou-o e o sobrevivente sempre que vai para aquelas paragens não se esquece de visitar a campa do seu salvador, no cemitério de Alfaiates.

Eram muito difíceis aqueles tempos naquela região arraiana vivia-se no limite da sobrevivência e assim os seus progenitores procuram melhor futuro na cidade de Setúbal.

Em Outubro de 1962, conjuntamente com a mãe e irmãos, seguem viagem de comboio via Beira Baixa, desde a estação do Barracão-Sabugal até Setúbal, uma viagem que demorou mais de doze horas.

Vão residir para uma habitação contigua à Capela Funerária de Santo António, situada no coração da cidade setubalense, sem grandes condições de habitabilidade. Mais tarde, em 1969, os seus pais mandam construir uma vivenda no Bairro Operário da Azeda de Cima onde vai morar, com toda a família.

Em termos de formação escolar frequenta a Escola Primária no Bairro Salgado, perto do extinto Campo de Futebol dos Arcos, do Vitória de Setúbal e o Ciclo Preparatório na Escola das Areias.

Em 1974, concluiu o Curso de Química na Escola Comercial e Industrial de Setúbal.

Longo foi o caminho laboral, que começa em 1972, com trabalho na Farmácia Rosado Pinto, na Quinta do Estival, nas Bombas da Gasolina da BP.

Em 1973, trabalha no Circo na Feira de Santiago de Setúbal, mas mais atento às acrobacias e aos palhaços, que à missão das vendas de doçarias ao «estimável público», é despedido. Segue-se a construção civil, na Av. Rodrigues Manito, junto ao Estádio do Bonfim e no Bairro dos Polícias.

Nos verãos dos anos de 1974, 1975 e 1976, faz as vindimas em Algeruz, Palmela e no Fundão e ainda vende jornais de cariz revolucionário de algumas estruturas partidárias, já não existentes.

Concluído o Curso Industrial, estagia de Janeiro a Agosto de 1975, no Tribunal Judicial de Setúbal, e no último dia para entregar a documentação para entrar para o quadro, desistiu por não lhe agradar e ver tanta trapalhada naquela complexa carreira profissional.

De Março a Junho de 1976, trabalha como ajudante de pedreiro na construção da Escola Primária da Azeda, no Bairro da Azeda de Cima, perto da residência da família, mas em Agosto está na Fábrica das Águas de Mesa da Bela Vista, em Setúbal. Empresa que já não existe.

Num ritmo acelerado, em Setembro de 1976 é contratado pela Portucel, para desempenhar funções no Armazém Geral.

Em Março de 1977, inicia o cumprimento do serviço militar no Regimento dos Comandos da Amadora, passando à disponibilidade em Agosto de 1978 na Fabrica Militar de Braço de Prata, sendo logo contractado para uma empresa de segurança. Depressa se despediu e concorre a Técnico-Analista de Laboratório na Portucel, onde desempenhou funções durante trinta e seis anos.

Durante estes anos fez parte do Corpo Privativo dos Bombeiros da Portucel. Também em doze anos, fez parte dos órgãos sociais do Clube Associativo da Portucel, onde entrou como vogal e foi vice-presidente, tendo os pelouros do desporto e da cultura.

Nessas funções organizou algumas caminhadas, destacando-se a realizada de Valongo do Coa a Badamalos, dando a conhecer a mais de uma centena de sócios daquela Clube, a riqueza natural e patrimonial do concelho do Sabugal, não se esquecendo do seu berço natalício, a Bismula.

No sector do desporto, foi federado nas camadas jovens e fez duas épocas como sénior no distrital da Associação de Futebol de Setúbal, representando o Curvas Futebol Clube. Na modalidade de andebol fez uma época como júnior no Club Independente de Setúbal.

No atletismo principalmente a partir de 1982, participou em milhares de corridas, de pista, de corta mato, estrada, montanha e trail, em Portugal e na Europa, em representação de vários clubes, do Grupo Desportivo da Portucel, além de atleta exerceu cargos de treinador e dirigente.

Realça-se que os títulos foram diversos, quer individuais e colectivos, com saliência nos escalões de veteranos.

No centenário do nascimento do seu Pai – José Maria Fernandes –, publicou uma biografia, com o título «Pater Famílias», com uma segunda edição esgotada, adquirida por mais de mil leitores. Foi apresentada na Junta de Freguesia da Bismula e no antigo Orfanato de Setúbal. As Bibliotecas do Sabugal, Guarda, Fundão, Castelo Branco e Setúbal dispõem de um exemplar para quem o quiser requisitar para consultar e ler.

Acaba de editar um romance – «Ao Luar da História» – que se baseia em factos da História de Portugal desde 1885 a 1985, que será apresentado em Setúbal este domingo, 8 de Maio, na Casa da Bainha de Setúbal, pelas 15:00 horas, e na tarde de 2 de Julho, na Biblioteca Eugénio de Andrade do Fundão.

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«Aldeia de Joanes», crónica de António Alves Fernandes
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Março de 2012.)

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António Alves Fernandes

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2 Comments

  1. José R, Pires Manso Responder
    Domingo, 8 Maio, 2022 às 12:09

    Uma vida interessante. Tenho um exemplar do livro Patter Família, um livro cheio de curiosidades muito curiosas. Grande abraço

  2. Jose Ramos Pires Manso Responder
    Domingo, 8 Maio, 2022 às 12:07

    José Manso Rocha, meu homónimo, não era médico mas dentista. Exerceu o ofício no Sabugal e Fundão para além de Alfaiates.

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