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Página Principal  /  Lembrando o que é nosso • Opinião • Quadrazais • Região Raiana • Tradições  /  Novidades em Quadrazais (1)
06 Maio 2022

Novidades em Quadrazais (1)

Por Franklim Costa Braga
Lembrando o que é nosso, Opinião, Quadrazais, Região Raiana, Tradições franklim costa braga Deixar Comentário

Estive em Quadrazais nesta Páscoa de 2022. Percorri todas as suas ruas. Tive ocasião de anotar tudo o que encontrei e achei ser novidade em Quadrazais desde 1971, altura em que deixei de visitar com frequência a minha aldeia. (Parte 1 de 2.)

Rua Santo António em Quadrazais
Rua Santo António em Quadrazais

De 1971 até hoje passaram 51 anos. Apesar de ir a Quadrazais pelo menos uma vez no Verão e outra na Páscoa, não me tinha apercebido de tantas mudanças como as que tive ocasião agora de anotar…

Ruas de Quadrazais

Há algumas com nomes diferentes dos que conheci na minha infância. A Rua de Santo António que foi baptizada com o nome de Rua Dr. Francisco Maria Manso, médico e Presidente da Câmara Municipal do Sabugal entre 1946 e 1953, desde o início da Avenida até São Sebastião com placas de mármore branco ainda nos anos cinquenta, foi rebaptizada a partir da Fonte até São Sebastião com o nome do antigo Presidente da Junta de Freguesia Manuel José Moreia Saloio, após a morte deste no final de 1967.

Nos anos 1980/82, sob a presidência do ti Quim Patacão, não sei se por imposição camarária para facilitar a vida aos carteiros do Sabugal, já que deixou de haver carteiro fixo em Quadrazais, foram colocadas placas de mármore preto com o nome de cada rua ou travessa e afixados números de porta. Nem sempre há sequência numérica. Parece que aguardam casas em novos lotes ou terrenos. Há casas com numerações antigas, 51 e 52, na Rua do Fundo. Nem sempre a numeração tem o mesmo sentido.

Estas placas pretas foram substituídas anos mais tarde por placas metálicas azuis escuras e há uns dois anos estas foram substituídas por placas metálicas vermelhas.

Nessa altura foram rebaptizadas algumas ruas com nomes de quadrazenhos notáveis, como sejam: a Rua Professor Alexandre Justino Vieira, quadrazenho que havia sido professor primário durante anos em Quadrazais na antiga escola à Santa Eufêmia, que caíu, agora substituída por uma nova um pouco mais recuada. Uma travessa desta rua, antes sem nome, tomou o nome de Travessa Professor Alexandre Justino Vieira. A Praça tomou o nome dum filho deste, Praça Dr. José da Gama Veiga Vieira, porque pugnou para que fosse semanalmente um médico do Sabugal a Quadrazais para atender os quadrazenhos em geral, mas também os acolhidos no Lar Santa Eufêmia, criado em Quadrazais há uns trinta anos.

Acho que poderia ter sido dado o seu nome a uma rua, mas não à Praça.
À rua que vai da Fonte para o Vale, antes sem nome, foi dado o nome de Rua Dr. Filinto dos Reis Novais, médico, filho do homem mais rico da aldeia, o Sr. Nacleto (Anacleto), nessa altura já falecido, casado com uma prima, a D. Dulce, filha do Sr. Zé Jaquim, só pelo facto de ter nascido aí. Não me consta que tenha feito algo pela terra. Também não me consta que tenha sido consultada a população para a atribuição destes nomes às ruas de Quadrazais. Médicos quadrazenhos nessa altura já havia outros, como a Dra. Suzete, filha da D. Berta, e o Dr. João, filho do Sr. Alexandre, médico veterinário era o Dr. Juvenal e vários outros quadrazenhos havia com cursos superiores.

A outra rua na baixa Ladeira, sem nome, foi dado o nome de Rua Professor João Maria Robalo, soitenho que casou em Quadrazais e aí foi professor primário, não sei quantos anos. Não me consta que tenha tido contributo especial para a educação em Quadrazais. Apenas morou no início dessa rua. Talvez merecesse mais ter o seu nome em rua o professor Evaristo, do Monte Novo, que ensinou em Quadrazais durante uns dezoito anos juntamente com sua esposa, a professora Ester, de Vale de Espinho, para não falar do primeiro professor primário de Quadrazais, o reverendo António Joaquim Ferreira em 1856.

Bem mais merecedor de ter o seu nome numa rua de Quadrazais seria José Inácio Franco, amigo de Quadrazais, autor da letra e música de «A Quadrazenha» e de quadras em Gíria Quadrazenha, que ensaiou o grupo quadrazenho que se deslocou a Lisboa na festa dos centenários em 1940, em representação do distrito da Guarda, como já eu propus, juntamente com o quadrazenho Jesué Pinharanda Gomes. A propósito, para quando o nome deste quadrazenho ilustre na toponímia de Quadrazais, se já o tem na toponímia da cidade da Guarda?

Como atrás disse, há uns dois anos as placas azuis escuras das ruas foram mudadas para vermelhas, ao que parece, para haver uniformidade em todas as freguesias do concelho. Terá sido esquecimento terem deixado a placa em mármore branco no final da Rua de São Sebastião afixada na casa do Chico da Trindade? E terá sido mero esquecimento manter duas placas em mármore preto, uma na Travessa do Eiró e outra na Travessa da Rua do Cimo?

Que dizer da gralha Rua de Cimo, em vez de Rua do Cimo, que aparece duas ou três vezes? É que não se trata de Rua de Cima. Que dizer da gralha de colocar Travessa da Rua do Cimo no início desta e colocar Travessa da Rua do Meio no final da mesma, afixada na casa que foi do ti Cotilhas?

Foi criada há poucos anos a Rua Nova que vai do início da Rua da Fábrica para a Rua do Reboleiro. Boa ocasião para a renomearem com um dos nomes que atrás sugeri.

À Santa Eufêmia foi dado o nome de Rua das Escolas à rua que, nascendo junto do portão do arraial, vai até à Rua do Reboleiro, antes sem nome. E também o nome de Travessa das Escolas à travessa nova que parte da rua anterior à esquerda, ladeando a escola nova até à casa que foi do ti Quim Chorão, sem saída.

As Eiras, onde outrora se colocavam as medes de pão para serem malhadas e fora do tempo das malhas servia de campo da bola, agora já sem malhas, foram retalhadas. No meio construíram o Lar Santa Eufêmia, alargado há uns dez anos, com uma lotação de 42 pessoas, 32 das quais comparticipadas.

Ao cimo da Rua do Posto foi construído um nicho, alargado depois para uma mini-capela à Senhora de Fátima dos Emigrantes. Em frente foi construído o Posto da GNR, desactivado há já uns trinta anos. Ao lado está a ser construído um pavilhão desportivo. Para quem, se já nem há miúdos para abrir a escola? Será para os velhos do Lar?

Pavilhão em construção em Quadrazais
Pavilhão em construção em Quadrazais

Em frente do Posto construíram uma pequena casa que alberga a Associação de Caça e Pesca. Por trás do Lar, com acesso pela Rua do Campo de Futebol, foi feito um jardim com bancos, algumas árvores de fruto, como Kiwis, uns baloiços e casas de banho. Ainda mantiveram o campo da bola, mas encurtado.

Na Ladeira, onde foram construídas muitas casas novas, foram dados nomes às ruas criadas, como Rua do Posto, Rua do Campo de Futebol, Rua de Nossa Senhora de Fátima, Rua do Bairro da Ladeira, Rua da Ladeira de Baixo e Travessa da Ladeira.

Sempre se chamou campo da bola às Eiras. Porquê a modernice de Campo de Futebol, quando ninguém dizia jogo de futebol mas sim jogo da bola?

Os antigos caminhos para o Soito, Ozendo e Malcata foram alargados e transformados em estradas alcatroadas, embora as duas últimas estreitas, onde dificilmente podem circular dois carros num e noutro sentido ao mesmo tempo. A estrada principal que vai para o Sabugal foi alargada e levou nova camada de alcatrão, com valeta pelo menos de um dos lados. O mesmo aconteceu com a estrada para Vale de Espinho e para o Soito, feita em 1975 no traçado do antigo caminho do Soito.

Chamam Rua da Igreja a que corre ao longo da porta lateral norte da igreja mas deram o nome de Travessa do Largo da Igreja à rua semicircular que conflui com o início da Rua Dr. Francisco Maria Manso.

Têm-se feito muitas casas novas mas ninguém responsável teve o cuidado de obrigar a recuar as casas construídas ou remodeladas de modo a alinhar as ruas e as tornar mais largas. Tampouco algum responsável obrigou a deixar espaços para fazer passeios em frente a casas novas. É um risco circular pelas ruas, mesmo pelas ruas principais, sobretudo em Agosto.
Nichos foram criados dois: o de Nossa Senhora de Fátima dos Emigrantes às Eiras e o de Nossa Senhora dos Caminho à entrada da estrada para o Ozendo.

Na ponte antiga o tabuleiro de madeira foi substituído por tabuleiro de cimento. As antigas poldres (poldras) à Lameira foram retiradas e foi construída uma ponte. Do lado oeste desta foi construída uma praia fluvial há uns dez anos, que se enche em Agosto com emigrantes e gente de fora.

(Continua.)

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«Lembrando o que é nosso», por Franklim Costa Braga
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Maio de 2014.)

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Franklim Costa Braga

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