A tasca da Joséfinha estava a transforma-se, pouco a pouco, num supermercado. Sempre comerciou vinho e cerveja mas intentava, agora, alguma modernidade vendendo latas de sardinha, garrafas de azeite, bacalhau ao quilo, arroz ao cartucho, massa ao pacote para além de pilhas, pentes, giletes, pincéis de barbear, sabões, sabonetes e outros tantos produtos normalmente inseridos num mercado mais lato.
Ler MaisLembro-me que me despedi da senhora na fila para as eleições legislativas de 28 de outubro de 1973, na Praça Velha, junto à Câmara Municipal da Guarda. Era das poucas mulheres na fila. Tinha direito a voto, herdado do marido, funcionário público. Entre esta senhora que votava por herança do marido e os dias de hoje vai uma enorme diferença que se ganhou, passo a passo, nunca por decreto.
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