• O Primeiro…
  • A Cidade e as Terras
  • Cronistas
  • Documentários
  • Ficção
  • História
  • Acontecimento Ano
  • Personalidade Ano
  • Ficha Técnica

Menu
  • O Primeiro…
  • A Cidade e as Terras
  • Cronistas
  • Documentários
  • Ficção
  • História
  • Acontecimento Ano
  • Personalidade Ano
  • Ficha Técnica
Página Principal  /  Aldeia de Joanes • Aldeia de Joanes • Bismula • Fundão • Opinião  /  Escutismo – Chefe Beto
16 Janeiro 2022

Escutismo – Chefe Beto

Por António Alves Fernandes
Aldeia de Joanes, Aldeia de Joanes, Bismula, Fundão, Opinião antónio alves fernandes Deixar Comentário

Era difícil encontrar um cenário mais apropriado para uma conversa com um Chefe de Escuteiros – Carlos Alberto Brito Martins, o «Chefe Beto» – que um local onde, por todos os lados, há simbologia escutista.

Carlos Alberto Brito Martins, o «Chefe Beto»
Carlos Alberto Brito Martins, o «Chefe Beto»

Na sala onde nos encontramos estão diversos quadros pendurados nas paredes com a Flor de Liz com a indicação do respetivo Agrupamento. No exterior vemos uma paisagem de arvoredo diversificado, construções de madeira, no coração do terreno rural, uma calçada portuguesa, onde mãos engenhosas de fraterno calceteiro, colocou o emblema do Corpo Nacional de Escutas.

Na minha presença, um dirigente a respirar por todos os poros os ideais de Baden Powell, um Escuteiro com corpo e alma de inúmeras vivências e convivências escutistas. Falo, pois, de Carlos Alberto Brito Martins, natural do Fundão, onde nasceu em 27 de Fevereiro de 1962, de uma família conhecida pela sua solidariedade, alegria e boa disposição.

Os irmãos mais velhos também percorreram os caminhos do Escutismo, num Fundão onde a juventude não tinha muitas opções de ocupação, divertimento ou escolha, com exceção do Escutismo e da Associação Desportiva.

Com a influência familiar, filiou-se em 1970 no Agrupamento n.º 120, fundado em 1969 pelo dirigente António dos Santos Marques e pelo Padre Serra.

Nesse ano iniciou uma longa caminhada, que já ultrapassou os cinquenta anos de serviço voluntário ao Escutismo, onde realizou diversos Acampamentos Regionais.

A nível nacional, concretizou o sonho de participar no Acampamento em Ílhavo, em Aveiro, onde juntamente com os Caminheiros do CNE, dirigidos por Rui Canas Gaspar da Região de Setúbal, se deu à construção de um Parque Infantil, num ambiente de camaradagem e de trabalho.

Seguiram-se os Acampamentos Nacionais em Santa Margarida (2002), em Idanha-a-Nova em (2012 e 2017).

Na vida de dirigente do Agrupamento n.º 120 do Fundão, foi responsável e dinamizador da recuperação da Capela do Espírito Santo, local onde os Escuteiros Fundanenses, na Semana Santa, encenam uma representação da Quaresma.

Em 2012, realizou uma viagem aos Açores, com uma visita à Ilha de São Jorge, com doze pioneiros, para participar no Jamboree Mundial.

Em 2015, organizou uma excursão à Disney em Paris, com quarenta e cinco jovens escuteiros de todas as secções, durante cinco dias.

Em 2013, conjuntamente com o Pároco do Fundão Jorge Colaço, num culminar de diligências, conseguiu-se a Quinta do Caranguejo, doada à Paróquia pela D. Maria de Lurdes Ribeiro Tavares Monteiro, uma parte desconexa, a fim de ser criado o Campo da Gardunha ao serviço dos Escuteiros. Este território natural salvou-se em benefício do Escutismo da ambição desmedida da construção civil.

Durante estes anos, o Chefe Beto com a colaboração de outros dirigentes, caminheiros, pais e amigos dos escuteiros, tem concretizado obras de infraestruturas, construções acessórias, plantações, limpezas dos terrenos e serviços de manutenção. Com estes melhoramentos os vizinhos também beneficiaram.

Ali tem sido feito grande investimento para melhorias daquele espaço da mãe natureza, sem contabilizar as infindáveis horas de trabalhos voluntários e gratuitos, que muitos amigos realizaram e continuam a realizar.

Este oásis da natureza, com vistas turísticas para a Serra da Gardunha e da Estrela, tem capacidade para ali acampar, com todas as condições, próximos dos mil escuteiros. Aliás tem sido muito solicitado para esse efeito por Agrupamentos de todo o país, a que só a pandemia tem travado.

Em 2023 está planeada a realização, neste Campo Gardunha (Fundão) do Acampamento Nacional da FNA (Fraternidade Nuno Álvares).

Viramos a nossa conversa para assuntos mais pessoais e próximos, como por exemplo os relacionamentos com instituições, como por exemplo a assistência religiosa. Diz-me… «os maiores problemas foram com os assistentes religiosos, que não compreendiam a minha maneira de estar a servir o Escutismo. Demoraram algum tempo a compreender, que estava no caminho certo. Nunca deixei, apesar de tudo, de perder a sua amizade, mas era firme nas minhas decisões e propostas».

No referente à Junta Central acrescenta… «há indivíduos sentados em Lisboa que não sabem o que é o Escutismo, o que é um trabalho voluntário, gratuito, assente no esforço, na vontade, na responsabilidade de acompanhar muito de perto, muitos dias, muitas horas, os nossos jovens escuteiros. Não sabem o que significa a palavra servir».

Quanto à Junta Regional… «esperava-se mais. Por ser uma equipa jovem, criou muitas expectativas não concretizadas, seria necessário estar mais presente em todas as actividades, estar no terreno…»

«O Agrupamento do Fundão teve sempre rivalidades saudáveis com outros Agrupamentos, não impeditivo de relacionamentos. Em termos de estreita e longa colaboração saliento principalmente o Agrupamento n.º 202 do Seminário do Tortosendo do Verbo Divino, já desactivado.»

O Chefe Beto tem um sonho… «a aquisição da parcela abandonada, com terreno e residência, anexa ao Campo da Gardunha, para ali se construir a futura sede do Agrupamento n.º 120 e do Núcleo da Fraternidade do Fundão».

«Sou um Chefe Escutista exigente, porque sem regras e sem sentido de responsabilidade nada se faz bem. É necessário tomar decisões, tomam-se, mesmo que às vezes não sejam as melhores. Não se pode, não se deve ficar no vazio.»

Este Dirigente, conhecedor, dinamizador, firme, trabalhador, resistente, guardião do Campo Gardunha, com mais de cinquenta anos de filiação e serviço no Escutismo, sente imensa alegria e felicidade quando recorda os muitos escuteiros que durante estes anos passaram nas fileiras do Agrupamento do Fundão. Os pais dos mesmos ainda hoje lhe agradecem, reconhecendo o seu trabalho pedagógico e as actividades escutistas.

Meio século dedicado à formação integral da juventude… É Obra!

Obrigado, bem-haja, Chefe Beto, Carlos Alberto Brito Martins.

:: ::
«Aldeia de Joanes», crónica de António Alves Fernandes
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Março de 2012.)

:: ::

Partilhar:

  • WhatsApp
  • Tweet
  • Email
  • Print
António Alves Fernandes

Origens: Bismula (concelho do Sabugal) :: :: Crónica: «Aldeia de Joanes» :: ::

 Artigo Anterior Sortelha – aclamações e proclamações (3)
Artigo Seguinte   O luto dos que partiram

Artigos relacionados

  • D. Augusto César – bispo missionário, dialogante e humilde

    Quarta-feira, 25 Maio, 2022
  • Fundão – ecos dos Encontros Cinematográficos

    Domingo, 22 Maio, 2022
  • João Mateus Duarte – torneiro nas minas, activista, sindicalista e autarca

    Domingo, 15 Maio, 2022

Leave a Reply Cancel reply

Social Media

  • Conectar-se no Facebook
  • Conectar-se no Twitter

RSS

  • RSS - Posts
  • RSS - Comments
© Copyright 2021. Powered to capeiaarraiana.pt by BloomPixel.
loading Cancel
Post was not sent - check your email addresses!
Email check failed, please try again
Sorry, your blog cannot share posts by email.