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Página Principal  /  Memórias de Sortelha • Opinião  /  Sortelha – aclamações e proclamações (2)
08 Janeiro 2022

Sortelha – aclamações e proclamações (2)

Por António Gonçalves
Memórias de Sortelha, Opinião antónio gonçalves Deixar Comentário

Na primeira metade do século XIX, três autos da Câmara Municipal de Sortelha referem-se à aclamação dos reis de Portugal nesta Vila. (Parte 2 de 3.)

Igreja de Nossa Senhora das Neves - Sortelha
Igreja de Nossa Senhora das Neves na Aldeia Histórica de Sortelha

Câmara de Sortelha – Acórdãos desde 30 de Dezembro de 1821

Folhas 169 e 169v:

«Auto da Câmara Geral

Ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil e oitocentos e vinte e oito anos, aos vinte e nove dias do mês de Abril do dito ano nesta Vila de Sortelha, e auto da Câmara Geral a que procedeu o Doutor José Maria Pinto Mendonça Arrais, Fidalgo Cavaleiro da Casa Real e Juiz de Fora nesta Vila, mais oficiais da Câmara abaixo assinados, aí sendo presente o Clero, a Nobreza e o Povo desta mesma por ele dito Ministro mais oficiais da Câmara foi dito que ao Sereníssimo Senhor Infante D. Miguel pertenciam os inauferíveis Direitos da Coroa dos Reinos de Portugal, Algarves e seus domínios, e como tal se aclamasse Rei Absoluto e Independente dos mesmos, aqui sendo a presente Assembleia de igual sentimento se conduziam pelas ruas públicas desta Vila com o Estandarte Real arvorado, dando-se com maior entusiasmo e regozijo as seguintes novas: – à Religião Católica Apostólica Romana, ao Sereníssimo Senhor Dom Miguel Primeiro, Rei Independente e Absoluto destes reinos de Portugal, Algarves e seus domínios; à Imperatriz Rainha a toda a dinastia de Bragança ao qual sendo com o maior prazer e alegria satisfeito com repiques de hino e mandando-se pôr iluminação geral; ele dito Ministro, Senado da Câmara, Clero, Nobreza e Povo desta Vila se dirigiram à Igreja Matriz e ali se cantou um solene Te Deum em ação de graças por tão feliz benefício; e de tudo mandaram fazer este auto que assinaram. Eu Joaquim d’Aguillar que escrevi:

Assinaturas:…» (Texto adaptado). (2)

Notas breves sobre D. Miguel

Nasceu em 1802 no Palácio Nacional de Queluz, filho de D. João VI e D. Carlota Joaquina de Bourbon.

Foi Rei de Portugal de 1826 a 1834.

Entre 1831 e 1834 foi o período da guerra civil, que culminou com a Convenção de Évora-Monte, em 26 de Maio de 1834, tendo seguido para o exílio.

Casou em 1851 em Kleinheubach, na Alemanha, com a Princesa Adelaide de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg, de quem teve um filho e seis filhas.

Faleceu em Wertheim, na Alemanha, a 14 de Novembro de 1866.

Rei D. Miguel I – «O Absolutista»
Rei D. Miguel I – «O Absolutista»

Comentário

1 – Em Sortelha festejavam-se as aclamações independentemente dos princípios defendidos, fossem liberais ou absolutistas. Obedecia-se simplesmente!

2 – A encenação do poder, próprio dos monarcas absolutos, está patente neste auto: «…com o maior prazer e alegria satisfeito com repiques de hino e mandando-se pôr iluminação geral.»

3 – Que tipo de iluminação seria?
– A eletricidade e o petróleo ainda não eram conhecidos!
– Também parece improvável a utilização de gás!
– Seriam candeeiros que utilizavam o azeite ou simples fogueiras?

Nota
(2) Arquivo Municipal de Sabugal, Câmara: Acórdãos desde 30 de Dezembro de 1821. Folhas 169 e 169v.

(Continua.)

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«Memórias de Sortelha», por António Augusto Gonçalves
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Janeiro de 2019.)

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António Gonçalves

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