Cada um puxará a brasa à sua sardinha. Eu puxo para a minha terra. Hoje aqui trago-lhe alguns extractos de um texto que o vai surpreender…

Nota prévia
Todas as citações que hoje aqui vai ler constam do Projecto de Lei que criou a Cidade do Sabugal, um trabalho de há 17 anos e que termina assim:
«7. Artigo Único – A vila do Sabugal, no concelho do Sabugal, é elevada à categoria de cidade. Palácio de São Bento, 23 de Novembro de 2004.»
Leia então os extractos em que é referida a minha aldeia.
1. Período do Neolítico
«Património Histórico – O concelho do Sabugal insere-se na ampla unidade geográfica denominada por Alto Côa, correspondente às terras do vale superior deste rio. A região apresenta diversos indícios de importante ocupação humana, apesar das suas condicionantes naturais não serem as mais propícias ao assentamento populacional na Antiguidade. Os vestígios mais antigos, testemunhados no Alto Côa, recuam ao Neolítico. Entre as referências a diversas antas desaparecidas em Ruivós, Aldeia da Ribeira e Quinta dos Vieiros, passando por alguns achados avulsos, até ao sítio arqueológico mais recente escavado nas Carvalheiras (Casteleiro), já é possível obter uma visão destas primeiras comunidades habitantes da região.
2. Idade do Ferro
«As comunidades da Idade do Ferro também aqui permaneceram, ocupando outros topos elevados de relevos e deixando-nos vestígios dos seus povoados fortificados. Para além da Serra das Vinhas (Penalobo), do Cabeço de São Cornélio (Sortelha) e da Serra da Opa (Casteleiro), destacam-se o Sabugal Velho e o próprio Sabugal. Desde cedo aqui terá existido um povoado centralizador da região»
3. Concelho de Sortelha
O Casteleiro pertencia a Sortelha, que foi Concelho até 1855, como já tenho escrito. Leia: «Mais tarde, com a estruturação deste território nos séculos XIII-XIV, através da criação de cinco concelhos: Sortelha, Vila do Touro, Sabugal, Alfaiates e Vilar Maior, o território é espartilhado por estes concelhos. Nestas localidades ainda é possível admirar os antigos Paços de Concelho, os respectivos pelourinhos, assim como os seus magníficos castelos».

4. Igrejas e Capelas
É referida no estudo uma das capelas: «Capela de São Francisco em Casteleiro. Arquitectura religiosa popular, fachada principal em cantaria, sendo os alçados laterais rebocados; pórtico em arco de volta perfeita, com sineta lateral; possui um púlpito exterior de balcão recto.»
5. Solares e casas apalaçadas
«Solar do Casteleiro – Edifício de dois pisos; o acesso principal é feito pelo alçado lateral esquerdo através de uma escadaria, cujo corrimão forma inicialmente uma voluta; janelas em arco abatido molduradas no segundo piso da fachada principal e em arco recto nos alçados laterais e no primeiro piso. E de salientar o pórtico que antecede tal escadaria, ladeado por pilastras, ornamentado com volutas e encimado por frontão curvo sustentado pela figura de uma criança, sendo o conjunto coroado pelo brasão, amplamente decorado com volutas, palmetas e concheados).»
E ainda: «Casa abastada no Casteleiro. Edifício de dois pisos, rebocado, com acesso ao piso superior, destinado à habitação, através de escadas exteriores formando balcão, vãos moldurados.»
:: :: :: :: ::
Se o leitor desejar consultar o texto na íntegra, pode fazê-lo… [Aqui.]
:: ::
«A Minha Aldeia», crónica de José Carlos Mendes
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Janeiro de 2011)
:: ::
Leave a Reply