Hoje quero homenagear algumas personalidades do Casteleiro historicamente importantes. Se me quiser acompanhar, vai gostar de ler…

Padres do Casteleiro nas Quintas de São Bartolomeu
Duas das personalidades que devemos lembrar e honrar são dois sacerdotes naturais do Casteleiro que, em épocas diferentes, por coincidência foram párocos na mesma freguesia: as Quintas de São Bartolomeu.
Foram eles o Padre José Maria Machado, no século XX (anos 60-70), que muitos de nós ainda lembramos também enquanto Professor no Colégio do Sabugal, e outro prior que no século XIX desempenhou o mesmo cargo, o Padre Francisco de Paula Figueiredo.
Este último é registado como tal por Joaquim Manuel Correia no seu livro «Terras de Riba-Côa – Memórias sobre o Concelho do Sabugal» onde se lê também a informação de que o mesmo foi depois «capelão da Misericórdia da vila do Sabugal».
A minha aldeia e um momento alto da História do Concelho
Uma das grandes lutas populares no nosso Concelho terá ocorrido há quase 100 anos, em 1926. Foi dirigida por uma personalidade muito importante do Casteleiro.
Sabe quem é que em 1926 criou e dirigiu o primeiro jornal regional do nosso Concelho durante dois anos, cujo título era «Gazeta do Sabugal»?
Foi um dos homens mais célebres da minha terra, o Dr. Mendes Guerra, dono da Quinta das Mimosas, a Quinta, ou a Quinta da D. Maria do Céu.
Foi um momento alto do Concelho. Este jornal e sobretudo o seu director envolveu-se na luta principal da altura.
Um dia, Paulo Leitão Batista relembrou aqui no «Capeia» essa luta: «Aquele que porventura foi o mais relevante acto de revolta do povo do concelho raiano face às injustiças de que era alvo por parte do governo.» Foi o caso que, a 10 de Fevereiro de 1926, «cerca de mil e 500 manifestantes invadiram a Praça da República, onde se situa a Câmara Municipal do Sabugal, gritando palavras de ordem contra os impostos recentemente lançados, contra a licença dos cães e contra a licença para se ter vara com aguilhão».

Um casteleirense na Presidência da Câmara
Não podemos esquecer outra personalidade forte do Casteleiro. Trata-se do «Sr. Ribas», como sempre ouvi as pessoas da minha terra chamar-lhe quando a ele se referiam:
– Aqui era a casa do Sr. Ribas…
Era (é) uma casa brasonada, na Estrada, ao Largo de São Francisco.
O Sr. Ribas – de seu nome André Gonçalves Ribas – morava no Casteleiro e foi com ele que a Câmara lançou as notas de centavos, como um dia explicou António José Marques: «No início do século XX, face à escassez de moeda, as Câmaras Municipais emitiram as chamadas “cédulas fiduciárias”. Centavos em papel que só tinham valor no Concelho. Este exemplar, de dois centavos, foi emitido em 1920. Era presidente André Gonçalves Ribas que residiu no Casteleiro largos anos e onde nasceram alguns dos seus filhos.»
Até para a semana, à mesma hora, no mesmo local!
:: ::
«A Minha Aldeia», crónica de José Carlos Mendes
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Janeiro de 2011)
:: ::
António,
Bom dia.
A malta da minha terra é assim mesmo: recebem bem e são uma simpatia, como já deve saber…
Quanto à Casa da Memória: era uma iniciativa necessária para que nunca se esqueçam alguns passados. Gostei da ideia logo que tomei conhecimento dela.
Quanto aos padres naturais do Casteleiro: vou ficar atento e ver com cuidado logo que seja publicada a lista de que o António fala.
Tudo de bom. Bom Natal.
JCM
Tenho a relação dos padres do Casteleiro de 1647 a 1903. Posso adiantar que existem mais alguns padres naturais do Casteleiro, tendo como fonte os registos paroquiais.
No dia 15 desloquei-me em serviço ao Casteleiro onde fui muito bem recebido pelos representantes da Junta de Freguesia, a “Bia” e o senhor Vitorino que me proporcionou uma visita guiada à Casa da Memória. Esta bem pode servir de exemplo a Sortelha!
Parabéns.