Do vinho ao doce de abóbora, passando pelas trutas!

E lá abalei de comboio, numa viagem também de saudade dos velhos tempos de estudante, fazendo a linha da Beira Baixa até à estação do Sabugal, agora num intercidades ferroviário que, em parte, continua a ser o velho trem ronceiro e lento de há cinquenta anos!
(Felizmente, ainda tenho amigos que me fossem esperar ao Barracão, se não lá teria de alugar um táxi que me levasse até ao Sabugal. A ligação estação-Sabugal devia ser considerada prioritária para o Município do Sabugal, pois no atual estado das coisas torna difícil a opção pelo comboio em detrimento do transporte privado.)
Depois de um belo repasto em casa dos meus amigos Bela, Toni e Rafaela, lá partimos a caminho da primeira etapa, o reencontro com os demais amigos para uma visita guiada e uma prova de vinhos da Quinta dos Termos, ali para os lados do Casteleiro.
Foi um momento de reencontro de amigos, mas também uma oportunidade para conhecer em detalhe a Quinta e provar alguns dos vinhos que ali são produzidos.
(Já gosto destes vinhos há muitos anos e sempre que os dou a beber a amigos meus em Lisboa, só lamentam não os encontrar à venda nas grandes superfícies, pois é unânime a aprovação dos mesmos.)
Regresso ao Sabugal para o reencontro saudoso com a minha irmã e um merecido descanso.
Domingo começa com uma visita e dois dedos de conversa no café (assim será sempre conhecido) do Horácio, mais conversa com a minha irmã, a compra e mais dedos de conversa do jornal e o encontro no Girassol com amigos de sempre, desde o Tó Baltazar ao Manel Nabais.
Havia ficado por decidir onde almoçar, eu e o Carlos Alberto, tendo acabado por um maravilhoso almoço de trutas no restaurante da TRUTALCÔA, lugar paradisíaco do nosso Concelho, a que nunca me canso de voltar.
Aquelas trutas de escabeche, a que se seguiram umas trutas no forno fazem a delícia de qualquer um. Um agradecimento especial ao Antoine pela forma como nos recebeu.
(Ainda vou conseguir que o Antoine venha um dia a Lisboa e faça um menu de truta na Casa do Concelho…)
E pronto, a romagem de saudade estava a chegar ao fim da melhor forma, não sem que antes fosse presenteado com um recipiente cheio de um maravilhoso doce de abóbora, feito à maneira antiga de forma primorosa.
(Só não digo quem mo ofereceu para que não haja tentações de alguém lhe assaltar a casa…)
E digam lá se não há fins de semana felizes?…
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«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Setembro de 2007)
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