Em 1850 a Câmara Municipal de Sortelha criou o cargo de zelador, tendo nomeado José António e Delfim da Fonseca, com o poder de encoimar em todo o concelho.

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Serra recortada pelos vales de Arca e dos Covões, a montante da aldeia de Quarta Feira, na paisagem é bem visível uma casa rural abandonada que outrora serviu de apoio à exploração agrícola. Os caminhos e atalhos, que ainda hoje atravessam estes territórios, eram bem conhecidos de Delfim da Fonseca
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Em sessão de 22 de fevereiro de 1850 da Câmara Municipal de Sortelha foi:
«…nomeado para Zelador da Câmara com o poder de encoimar em todo o concelho a José António desta Villa o qual seria avisado para receber o competente juramento; e nomearão também para o mesmo emprego a Delfim da Fonseca da mesma Villa, e com os mesmos poderes podendo ambos encoimar em todo o concelho.» (1)
Delfim da Fonseca era casado com Maria Gavada, sendo ambos Expostos. Ver mais… [Aqui.]
Deveria conhecer todos os caminhos do concelho, pois também trabalhou como estafeta, o que facilitava a execução das novas tarefas.
Este casal foi protegido pelos «Homens Bons» de Sortelha! Talvez isso ajude a explicar a sua sobrevivência.
De José António não reuni qualquer informação.
Pelo menos alguns eram protegidos pelo município! Ontem como hoje…
Nota
(1) Arquivo Municipal de Sabugal, Sessões da Câmara de Sortelha, 1846-1850, folha 178.
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«Memórias de Sortelha», opinião de António Gonçalves
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Janeiro de 2019)
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O cargo de Zelador foi extinto, pela Câmara Municipal de Sabugal, na sessão de 2 de Janeiro de 1923.
Competia-lhe cobrar os impostos aos feirantes.