Falsas promessas, retórica barata, cinismo, vingança e outras anomalias, caracterizam a Democracia no actual momento histórico que atravessamos. E o porquê de tudo isto? Penso, que é a falta de escrúpulos morais, perca de consciência ética e incapacidade (ignorância). Excepções? Claro que há! Felizmente!! Mas essas são afastadas porque causam repugnância aos hipócritas, ou então afastam-se elas próprias.

Palavras de Clara Ferreira Alves ao semanário «Expresso» de 1 de Outubro de 2021. As palavras são retiradas do artigo intitulado «O Reino da Câmara Municipal de Lisboa»…

«A partir do momento em que um presidente se senta no edifício dos Paços do Concelho, um nome adequadamente pomposo, tomou posse do reino. A seu tempo, todos os que dele dependem direta ou indiretamente, virão ao beija -mão (…) começarão os telefonemas e mensagens que poderiam ser resumidos naquela frase ma máfia, conheço um tipo que conhece um tipo que poderá dar uma palavrinha…»

O(A) leitor(a) pensa que isto só acontece na Câmara de Lisboa? Está muito enganado(a)! Vai de Norte a Sul de Portugal, passando pelo Centro…

Como é que uma Democracia aguenta tanta anomalia, para não dizer outra coisa! Ou já não é Democracia ou atingiu o seu ponto mais baixo, não governam os mais dotados, mas sim aqueles que se apoderaram desta mesma Democracia, não para servir os cidadãos, mas sim para se servirem a si mesmos e aos amigos. Quero novamente dizer… há honrosas excepções!

Um dia fui expulso de um órgão de comunicação social com estas palavras: «…as suas palavras não interessam a ninguém» provavelmente teria e terá razão quem isto disse…

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«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Junho de 2008)
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