Se não temos capacidade ou atração suficiente para fixar pessoas, em regime de residência mais ou menos permanente, não podemos dar-nos ao luxo de desperdiçar as oportunidades que temos de trazê-las em regime de visita.

OCR Fireman Challenge
Decorreu nos dias 11 e 12 de setembro no Sabugal o OCR Fireman Challenge («Assalto ao Castelo»), organização do Sporting Club de Sabugal e colaboração do Corpo de Bombeiros que, para além da colaboração, apresentou uma equipa que obteve um segundo lugar e dois terceiros, o que, para a primeira vez não é palmarés de desdenhar. Por isso pensam já na próxima edição, ou quem sabe, participar em edições noutras localidades.
Parabéns ao Sporting Club do Sabugal pela organização e à Associação Terras Dom Pedro Afonso – Fireman Callenge pela direção da prova.

O OCR Fireman Challenge trata-se de um desporto de equipa, em que, numa das provas, para além de terem de ultrapassar vários obstáculos, alguns deles só possíveis em equipa, têm de transportar, sem tocar no chão durante toda a prova, um tronco com cerca de três metros e alguns quilos (muitos). É a passagem deste símbolo na meta que finaliza a prova.
Não fosse uma penalização (foi a primeira vez, mas regras são regras) e também nesta prova teriam feito um brilharete, porque participar pela primeira vez e ter um dos melhores tempos antes da penalização, já é um brilharete.
Parabéns à equipa (nas fotos de t-shirt amarela) que representou condignamente o Corpo de Bombeiros e o Sabugal.
Por razões de pandemia as inscrições foram limitadas a dez elementos por equipa, mas mesmo assim serviu para mostrar o que um evento deste tipo pode trazer de gente ao Sabugal. Sendo um desporto sem prémios de valor, pago por cada participante (a inscrição e a logística necessária), prova que, cada vez mais, a sociedade quer experiências, desafios, e não os tradicionais eventos. Foi um sucesso, e será certamente para repetir.
Pena que, pese embora a organização se ter preparado para que ninguém passasse fome ou sede, seja pelo apoio no local, seja pela disponibilização de refeições em espaços como as «delegações clubísticas» (Núcleo do Sporting e Casa do Benfica), os acompanhantes e atletas confrontaram-se com um Sabugal fechado (tinha-o referido na anterior crónica, e afinal a tradição ainda é o que era) sem um espaço onde tomar um café ou almoçar.
Se, no caso presente até se entende pelo costume antigo das férias depois do mês de agosto e antes do regresso às aulas, o mesmo não se pode dizer de outras épocas em que o mesmo acontece quando há eventos ao fim de semana, e alguns com grande movimentação de gente. E aqui terá que entrar o poder autárquico. Se não temos capacidade ou atração suficiente para fixar pessoas, em regime de residência mais ou menos permanente, não podemos dar-nos ao luxo de desperdiçar as oportunidades que temos de trazê-las em regime de visita.
Uma negociação com as casas do setor de restauração e bebidas é urgente, para ter a garantia de que, pelo menos em eventos, quem nos visita tem direito a «serviços mínimos» nesta área.
Talvez a Câmara tenha que investir algo na negociação, mas seria sempre um investimento com retorno. Uma boa imagem vale mais que mil palavras e aqui tratar-se-ia da imagem de uma cidade, que para o ser tem de se afirmar. Não basta dizê-lo, e dizer às gentes que venham ver o património e a paisagem. Há que criar condições para tal. E não é só os serviços públicos (museu, turismo), assunto que me aprece agora resolvido, é também apoio logístico, e esse deve ser prestado pelos privados da restauração e bebidas.
Não podem os industriais do ramo alhear-se dessa responsabilidade e depois vir queixar-se que nos eventos há «restaurantes clandestinos», de associações que não pagam impostos.
Se queremos levantar o Concelho e a cidade temos que ser todos parceiros.
Há que abrir os olhos e perceber que o que morre, morre para todos, e «toca a todos». No limite, e perdõe-se a alusão, até as agências funerárias devem perceber que, com o tempo, até o seu serviço pode escassear. Vamos perceber que a boa imagem (para valer mais que as mil palavras) depende de todos, e talvez assim possamos ter, se não os permanentes, pelo menos os visitantes.
Votem bem, e sejam felizes.

No âmbito do «Rosto detrás da máscara» apresento-vos o Hugo…

Nome: Hugo António Fernandes Videira Lopes
Posto: Bombeiro de 3.ª Classe
Idade: 24 anos.
Estado civil: solteiro.
Profissão: estudante.
Ingresso: 13 de Abril de 2017.
Ingresso na carreira de Bombeiro Voluntário: 7 de Agosto de 2018.
O Hugo é Bombeiro de poucos anos, para lembrar que a média de idades do CB tem baixado todos os anos. Mas, quantos ficam quando terminam os estudos?
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A pré-inscrição para a «escola de bombeiros» pode ser feita… (Aqui.)
Ajude a Associação. Faça-se sócio dos Bombeiros do Sabugal… (Aqui.)
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«A vida do Bombeiro», opinião de Luís Carriço
(Presidente da Direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Sabugal.)
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