Ainda sobre o lince e o que a este diz respeito…
Há conterrâneos derrotistas que insistentemente referem que o Lince da Malcata é um mito, que nunca nem ninguém o avistou na Serra da Malcata.
Mesmo apesar de estar confirmado e documentado oficialmente que o último lince existente em espaço natural em Portugal foi captado na Serra da Malcata em 1992, conforme consta no sítio do projecto Iberlince… [Aqui.]
Aos derrotistas, importa reforçar que, ainda assim, mesmo que aquela negativista ideia fosse a verdade absoluta e que não tivessem existido linces na Malcata, importa lembrar que o monstro de Lock Ness nunca ninguém o viu e é uma lenda mundial que atrai milhões àquele lago na Escócia.
Defendamos com garra e convicção que o nosso lince não é lenda, é realidade e é esta a mensagem que podemos e devemos continuar a passar para o manter vivo, natural e residente no nosso território.
Destacamos nesta crónica e na da próxima o que melhor se tem feito e o que mais se poderá fazer no nosso território, no que respeita ao património natural.
VI – Património Natural (1)
CETS & Terras do Lince – Plano de Acção inerente à certificação obtida – Carta Europeia de Turismo Sustentável – em parceria com outros dois concelhos (Almeida e Penamacor) com a criação da marca ou conceito intermunicipal, Terras do Lince, fundamentado no facto de estarem os três municípios raianos ligados fisicamente entre si pela Reserva Natural da Serra da Malcata, pelos espaços da Rede Natura 2000 e pelo rio Côa. Toda informação disponível… [Aqui.]
Esta certificação esteve muito focada na Reserva Natural da Serra da Malcata, mas importa relembrar que existem no nosso concelho, pelo menos, cinco serras mais (Opa, Pena, Malcata, Mesas e Homem de Pedra), que podem muito bem ter o seu destaque e relevância em marketing sobre o nosso património natural, assim haja capacidade de promover de forma atractiva todo o seu potencial ou a especificidade de cada uma delas.
CETS & Terras do Lince – parece-nos ter sido um bom plano para um projecto muito ambicioso, sobre o qual há muito e bom trabalho desenvolvido, mas o qual perdeu muita força na sua implementação, que afectou a sua eficiência.
É nossa convicção que eventual criação de vários grupos de trabalho, com funções mais especificas, alguns já criados, ou outros a criar de novo, podem e devem retomar o plano traçado e reorganizar o cumprimento dos objectivos com vista a sua melhor eficácia.
Sugere-se uma redução ou maior simplificação dos objectivos traçados, de forma a assegurar a sua concretização. Mais vale poucos, simples e exequíveis do que muitos, complexos e ineficientes.
Parque de criação do coelho bravo, interligado ao projeto IberLince que tem vindo a a criar as condições necessárias para assegurar a cadeia alimentar que possa permitir a reintrodução do tão esperado Lince, na Reserva Natural da Serra da Malcata.
Foi recentemente criado um Centro de Interpretação do Lince Ibérico, em Malcata, o que nos aprece ser mais uma excelente estratégia a seguir para não deixar morrer este ícone concelhio e cativar visitantes para a região, com vista a dar dimensão e força à projeção e preocupação com os ecossistemas e toda a biodiversidade existente no concelho do Sabugal.
São necessários milhares de euros e muito, mas muito trabalho para se criar um ícone alusivo a uma determinada região. O nosso território teve essa sorte e essa é uma batalha já ganha. Ninguém associa o lince ibérico a Silves ou a Mértola, todavia este último município tem vindo a querer implementar muitas estruturas, equipamentos e estratégias, com vista a raptar para aquela região aquela que é naturalmente a nossa maior marca e grande ícone, o Lince Ibérico da Malcata… [Aqui.]
Caso não haja acções e medidas de força e continuidade na manutenção da imagem do Lince associado a Malcata/Sabugal, podemos a seu tempo perder este nosso maior ícone.
Bendita a hora da corajosa iniciativa levada a cabo pelo município, ao implementar uma digna obra de arte, de grande porte e dimensão que nos permite afirmar e assegurar que o «Lince é Nosso» e está bem presente nas nossas memórias e que ficou agora muito bem representado no concelho do Sabugal, com a gigantesca «estátua»!
Mas nem só de linces vive o nosso património natural e dispomos atualmente de algumas das mais belas Praias Fluviais e espaços de lazer aquáticos existentes a nível nacional – consequentes à boa recuperação da paisagem, com maior incidência nas margens e praias existentes ao longo do rio Côa, dada a considerável limpeza dos matos nas suas margens, que conduziram à criação de 11 zonas de lazer balneares/fluviais que se tornaram espaços muito aprazíveis e de grande encanto, dignamente recuperados, com parques de merendas em complemento, os quais tem permitido fixar por mais tempo, nas aldeias e concelho, muitos descendentes.
Assim como tem conseguido atrair mais gente, jovens e menos jovens, que agora dispõem de locais para mais e melhor entretenimento. Bem como tem permitido atrair ao nosso território muitos vizinhos espanhóis e turistas nacionais. São factos e constatações!
Ficamos por aqui esta semana sob compromisso de retomarmos este mesmo tema na próxima crónica.
(Continua…)
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Bem hajam pela vossa curiosidade e leitura!
Prá semana temos mais!
Até lá! Cuidem-se e cuidemos dos nossos!
Meu abraço dos 5inco costados!
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«Território dos Cinco Elementos», opinião de António Martins
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Setembro de 2014.)
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