Desenganem-se todos aqueles que supõem que existem receitas mágicas ou milagrosas e que cabe, por um lado, única e exclusivamente, aos representantes do poder executivo local definir, proporcionar e acarretar com a estratégia e com a boa realização de um plano executivo para o nosso concelho e, por outro lado, cabe apenas aos munícipes (naturais ou residentes) a passividade de assistirem ao que vai sendo desenvolvido e ficando estes, só e apenas, com a incumbência de gerir e desfrutar da rendibilidade. Orientando a sua conduta conforme a evolução do negócio e em função das condições facultadas pelo plano estratégico concelhio em curso. (Parte 1.)

Se corre bem o negócio, a gestão é minha e o mérito é todo meu, se algo corre mal a responsabilidade é dos administradores municipais ou consequente à má estratégia do poder executivo e estão encontradas as justificações com os convenientes bodes expiatórios.
O concelho somos todos nós e o todo é maior que a soma das suas partes que o complementam. Cada um de nós como parte integrante do concelho e da comunidade Sabugalense pode participar e envolver-se enquanto Agentes Locais que querem mais e melhor desenvolvimento socioeconómico, exigindo uma postura mais aberta e flexível aos representantes, por forma a conseguirmos criar e implementar um plano que funcione de forma articulada entre Gestores Autárquicos e Agentes Locais, com vista a garantir e alcançar mais e melhor sentido, rumo ao sucesso para o nosso território e para todos os que cá vivem.
Podemos exigir aos representantes autárquicos, mas também podemos contribuir mais e melhor para a estabilização e recuperação do território. Temos uma quota-parte de responsabilidade para encetar num maior compromisso para com este nosso território e para com os nossos antepassados. Não é suficiente ficarmos pela critica, podemos tentar também contribuir com o melhor que pudermos.
Não querendo nós opinar publicamente sobre possíveis sugestões ou melhorias, nem querendo assistir ou intervir nas reuniões e assembleias municipais, há muito que se pode fazer pelo território e tentar ajudar os que se fixaram e mantêm por cá. Retornar com mais frequência às origens, recuperar património privado que se encontra muito degradado, adquirir produtos no comércio local cada vez que viermos à terra, de preferência produzidos também na região (queijos, enchidos, doces, carne, etc.). Dada a tecnologia digital e serviços on-line, podemos adquirir múltiplos e diversos serviços a agentes locais do concelho, como seguros, contabilidade ou outros. Podemos fazer revisões dos carros e substituição de pneus em oficinas locais, podemos adquirir móveis, janelas e demais materiais ou equipamentos nos fornecedores desta região. Assim como, tentar organizar eventos, festas, casamentos, aniversários e batizados nos restaurantes locais. Tem sido com agrado que constatámos que muitos migrantes (que estão fora ou dentro do país) têm estado a fazer elevadas encomendas dos mais variados equipamentos (lareiras, alumínios, escadas e armações em ferro, etc.) em fornecedores locais do concelho. Estas são apenas algumas possibilidades que de momento nos ocorrem e que podem contribuir para a economia e desenvolvimento local.
Desconhecendo-se à data, os programas eleitorais dos futuros ocupantes da sede do município para administração do concelho, torna-se muito fácil focar a nossa atenção nos aspetos negativos ou falhas dos quem têm estado a administrar a casa, parecendo estar implícito nas redes sociais, uma espécie de ataque pessoal velado àqueles representantes e não à situação em que se encontra o concelho, quando aquilo que realmente se pretende é ajuizar sobre a situação e sobre o sistema de funcionamento ou estado das coisas e não tanto sobre as pessoas que ocupam os lugares. Porque se a solução fosse fácil e estivesse nos livros, bastaria saber ler e seguir a teoria e todo o interior estaria em circunstâncias de igualdade ao litoral.
É muito fácil criticarmos quem executa e está a ocupar o lugar no poder local e que vai dando provas do que vale, assim como é fácil ficar a almejar que outros, não sabemos bem quem nem quando, poderão vir e fazer muito mais e muito melhor. Mas no entretanto, não existem garantias nem formas de tecer críticas sobre os que hão de vir, uma vez que ainda não testamos a sua capacidade de execução de programas e ainda não deram provas do que são capazes, bem como desconhecemos obra ou projetos ou investimentos concelhios por eles executados ou por executar que possam ser alvo de reparo ou critica de qualquer teor.
Assim sendo, face ao desconhecimento atual da capacidade dos futuros candidatos, importa realçar que aqueles que estão atualmente na sede do concelho, partem com clara e vitoriosa, diga-se até, muito conveniente vantagem para o concelho, dado estarem por dentro das pastas, matérias e programas delineados.
Estes têm um plano estratégico mais ou menos traçado, o grupo é constituído por elementos que estão na política concelhia há́ muito tempo, conhecem a casa como ninguém, conhecem as necessidades das populações e as diferentes realidades das diferentes freguesias e já têm relações de proximidade estabelecidas, que podem funcionar como facilitadoras da comunicação entre o município, instituições, as freguesias e as pessoas.
Já operam no terreno e a máquina está devidamente oleada para funcionar e laborar nas melhores condições e com as melhores garantias do que a de qualquer outro grupo de candidatos que pretende ocupar a casa municipal.
Todavia levantam-se as dúvidas sobre o que, à partida, os novos candidatos almejam? Poderão eventualmente e apenas ambicionar ou partir do princípio que gerir casas, empresas, instituições, dar aulas e palestras, ter ou não ter formação académica superior, são o suficiente e o necessário para administrar um concelho?
Será com certeza importante e necessário… Mas não o suficiente! É preciso conhecer em profundidade o território e as suas gentes. Estar próximo delas, suportar as suas críticas, sujeitar-se ao seu escrutínio intenso e constante, acolher as suas angústias e solicitações, resolver e menorizar os problemas ou encontrar soluções e alternativas, são deveres constantes. E neste campo quem está no terreno há tantos anos, leva vantagem sobre os outros e tem merecido reconhecimento de muitos conterrâneos, pois tem apresentado capacidade de resiliência política mais que suficiente para continuar os objectivos do plano traçado pelos executivos anteriores e sucessivos. Há muita obra feita e um longo caminho traçado e percorrido… É um facto.
Voltaremos ao tema na próxima crónica, com algumas evidencias, mas por hoje ficamos por aqui.
Foi com surpresa que constatámos que a recente criação e desenvolvimento da nova imagem de marketing e comunicação para divulgação do concelho, adoptou também alguns axiomas pentagonais, que abonam em favor do teorema do Território dos 5inco Elementos.
Vídeo promocional da nova imagem do Município…
(Continua…)
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Bem hajam pela vossa curiosidade e leitura!
Prá semana temos mais!
Até lá! Cuidem-se e cuidemos dos nossos!
Meu abraço dos 5inco costados!
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«Território dos Cinco Elementos», crónica de António Martins
(Cronista no Capeia Arraiana desde Setembro de 2014.)
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