Os que escrevem fora de Portugal lembram-se certamente do poema de Luís de Camões, designado Sôbolos rios que vão… Escrever fora de Portugal é uma sensação estranha que não deixa de interrogar a nossa língua materna. Escrever no estrangeiro tem-se a sensação de que a língua materna soa oco, não parece ter o sabor original. Em certas circunstâncias, sobretudo quando exprimimos coisas muito profundas, sentimos que as palavras com as quais nos exprimimos se desmoronam ao falar numa outra língua.
