Esta semana Joaquim Tenreira Martins presenteia-nos com dois sonetos com muitos afectos, sentimentos, emoções e ternuras!
SONETOS DA TERNURA
Tive de ti tantos afectos!
Podes não crer, mas é sem falsidade,
Dizer que te amo, seca-me a boca.
Por momentos até tenho voz rouca,
Se me ouvem com a minha verdade.
Encantadora a tua amizade,
Sei que não é uma palavra oca,
Muito menos uma vilã fofoca.
O que vem de ti é sempre bondade!
Mesmo que eu percorra a terra inteira,
Irei ao sossego da tua aldeia,
Juntamente com os filhos e netos.
Ao soar minha hora derradeira
Bendirei o Jesus da Galileia,
Porque tive de ti tantos afectos.
Para as minhas filhas
Nesta cidade brumosa encontrei
Minha mulher, a prenda preciosa,
Deus ma deu, estou certo! Graciosa!
Iluminou minha noite! E ceguei
Por ela. Fina e frágil. Procurei
Se precisava de ajuda zelosa.
Sua resposta foi mais que amorosa
Seu espírito forte entrelacei.
Depois três rebentos, três formusuras
Em contínuo, espraiam meu olhar!
Difícil é conter tanta emoção!
Bruma caiu. Elas são partituras!
Com esmero cantam bela canção,
Cujo refrão é digno de admirar.
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«Pedaços de Fronteira», opinião de Joaquim Tenreira Martins
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Novembro de 2012)
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