Será sempre mais forte um rio que nos une, do que um rio que nos separa! (Parte 2 de 4.)

Pode bem ser um rio que separa o norte do sul, ou que une o sul ao norte dos nossos 822,7 km². Um rio que separa ou une Ribacôa ao Baixocôa. Une ou distancia a nascente da foz. Mas nunca esquecendo, citando José Manuel Campos, que «para haver foz, tem que haver uma nascente». Um rio que une e interliga todas as povoações por onde percorre o seu leito ou separa e diferencia cada uma daquelas que são banhadas por este mesmo rio.
Muitas das povoações banhadas por este nosso rio, até para seu nome próprio, o epiteto de Côa adoptaram para as diferenciar, para que não se confundam com outra povoação qualquer do grande país, mas que as fixem e liguem de forma una e exclusiva ao pequeno território.
A Rapoula é do Côa, assim como a Cerdeira, o Seixo, Vale Longo (Valongo) e o Carvalhal, estas todas querem e adoptaram ser sua propriedade, pertença ou identidade aquele rio.
E todos nós, os mais afastados do seu leito e curso, que margem do rio queremos para nós? É nosso ou de nós todos? Ou deixamo-lo só para quem o seu nome adoptou?
Quem não o sente como nosso é porque ainda nunca lá se banhou, ou dele ainda não se aproximou!
Atentemos pois, nos Hidro-Axiomas pentagonais desta semana, para reforço e fundamentação do nosso «Teorema do Território dos 5inco Elementos».
Cinco povoações no concelho com a denominação complementar de «Côa»
Rapoula do Côa | Seixo do Côa | Valongo do Côa | Cerdeira do Côa | Carvalhal do Côa
Cinco Moinhos de água do rio Côa
– Rapoula do Côa – Moinho do Giestal
– Sabugal – Sítio do Cascalhal
– Vale de Espinho – Sítio das Courelas
– Vale de Espinho – Sítio da Ponte Nova
– Vale das Éguas – Sítio da Praia Fluvial
Além dos cinco castelos das vilas medievais existentes no nosso concelho, para reforço do nosso teorema dos cinco elementos, encontrámos esta imagem num artigo de Marcos Osório, em que surge a referência a múltiplas fortificações que terão existido a jusante do nosso concelho, na linha e curso do rio Côa, na qual podemos constatar a existência de cinco fortificações em cada uma da margens do rio.

(Continua.)
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Bem-hajam pela vossa curiosidade e leitura!
Prá semana temos mais!
Até lá! Cuidem-se e cuidemos dos nossos!
Meu abraço dos 5inco costados!
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«Território dos Cinco Elementos», crónica de António Martins
(Cronista no Capeia Arraiana desde Setembro de 2014.)
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