:: :: OUTROS TRILHOS E PERCURSOS DE PEQUENAS ROTAS :: :: Continuando pelos trilhos do nosso território, esta semana partilhamos mais algumas imagens de uma caminhada pelas imediações da Aldeia Histórica de Sortelha.
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OUTROS TRILHOS E PERCURSOS DE PEQUENAS ROTAS
Aldeia Histórica de Sortelha
Na senda de continuar a partilhar com os leitores do Capeia Arraiana, imagens dos trilhos demarcados e homologados no nosso território, ficam três por apresentar, pois por limitações de oportunidades, não nos foi ainda possível percorrer três deles em conformidade com a demarcação homologada existente e divulgada no site do município:
– PR1 SBG – Meandros do Côa (Sabugal)… (Aqui.)
– PR6 SBG – Rota dos Casteleiros – Sortelha/Casteleiro… (Aqui.)
– PR7 SBG – Caminho Histórico de Sortelha… (Aqui.)
Mas temos a plena convicção que aqueles serão tão ou mais atraentes e apelativos quanto os outros que já partilhamos aqui, pelo que merecem a nossa referência e reforçamos o desafio a todos quantos gostem de caminhar para que se atrevam a descobrir toda aquela riqueza patrimonial do nosso território. E logo que nos seja devolvida a nossa liberdade, pós restrições pandémicas, com certeza serão os próximos caminhos a percorrer. Estão na nossa lista de trilhos obrigatórios.
Até porque na leitura de muitas crónicas aqui partilhadas pelo estimado, apreciado e dedicado cronista do Capeia Arraiana, José Carlos Mendes, mantemos uma imensa vontade não só em fazer a Rota dos Casteleiros, mas também em querer subir à sua Serra da Opa, para ali, num lugar cheio de mística irmos desfrutar dos sons telúricos das entranhas da terra e ali ir escutar «o marulhar das ondas do mar» (sic).
A Aldeia Histórica de Sortelha enquanto pólo turístico não carece de muita publicidade, pois a vila medieval faz parte de muitos escaparates e roteiros turísticos de locais a visitar em Portugal. Foram múltiplas as vezes que encetamos pelas ruas e muralhas desta vila museu e cada vez que trazemos alguém de visita ao nosso território, faz sempre parte do programa dessas visitas uma incursão ou recomendação de passagem por Sortelha.
Conhecemos bem o lado de dentro das muralhas e foram múltiplas e vastas as vezes que ali fomos assistir aos garbosos eventos que ali vão acontecendo, com maior destaque para o «Muralhas Com História», organizado pelo município e que se repete anualmente em Setembro. Ou o evento organizado pela Associação das Aldeias Históricas, sobre a lenda do «Beijo Sem Fim», uma lenda que permanece petrificada pelos dois curiosos penedos que ficaram conhecidos como sendo as Pedras do Beijo Eterno e dá força a toda a mística sobre os encantos de Sortelha. E sobre esta lenda haveremos de partilhar aqui, numa futura crónica, a nossa recriação sobre a mesma.
De muitos e belos eventos, ou de muitas outras passagens jamais conseguimos esquecer a magnifica e soberba representação naquele idílico cenário, quando ali foi levado à cena o espetáculo teatral de rua, «A Viagem do Elefante», pelo grupo Trigo Limpo teatro ACERT, com a colaboração de figurantes e representantes do concelho. Foi único e memorável.
Ainda assim, numa derradeira tentativa e numa das incursões pela «Princesa das Beiras», ousámos calcorrear parte de um daqueles trilhos e partimos à descoberta de uma perspectiva além-muralhas de Sortelha, não seguindo o percurso demarcado, e aquilo com que nos deparámos valeu por cada passo dado e é essa outra perspectiva que esta semana partilhamos convosco no curto vídeo que complementa esta crónica.
E como escreveu Saramago, aquele que apelidou o nosso Interior de Portugal Profundo, «o que dá o verdadeiro sentido ao encontro é a busca e que é preciso andar muito para alcançar o que está perto».
De que estais à espera!? Ponde-vos a andar e atrevei-vos a buscar!
Encerramos por agora os axiomas pentagonais do nosso «Teorema do Território dos 5inco Elementos», referentes aos trilhos do nosso território, mas retornaremos a partilhá-los sempre que encontrarmos algum sentido nos caminhos percorridos por aqui perto.
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ALERTA! ALERTA!
Tivemos conhecimento que nas últimas semanas estão a verificar-se vastas e diversas desflorestações sem controlo, regra, peso ou medida, por várias freguesias no nosso território.
O nosso território vinha, de há uns tempos a esta parte, a apresentar um desenvolvimento florestal fora do comum, magnífico parque florestal, com vários bosques de carvalho e outras arvores autóctones que formavam uma orla florestal fabulosa, apreciável em toda e qualquer elevação. Quem passava pelas estradas e caminhos do concelho podia inclusive testemunhar, apreciar e dar-se conta desta bela envolvência.
A que se deve esta desmesurada desflorestação? Quem pode impedir ou fiscalizar? O que está a acontecer? Será o monstro da central da biomassa do concelho vizinho do Fundão que está com falta de matéria prima?
Não faltaram aqui os nossos constantes alertas sobre os contras da «indústria energética renovável». Lamentamos ficar sós e abandonados nesta luta e temos pena que isto possa estar a acontecer sob tanta passividade e aos olhos de tantos e honrosos raianos e não podíamos de deixar aqui expressar a nossa indignação.
Não é de todo este o caminho que prevíamos e desejávamos para o nosso território. A floresta é para nós a nossa maior riqueza e um dos maiores trunfos, é mesmo esta beleza natural e em estado bruto que se vinha a desenvolver e a acumular no território, que poderia contribuir para uma melhoria e maior sustentabilidade climática, ao converter-nos num adensado parque florestal que se vinha instalando nas ultimas décadas. As florestas são essenciais para assegurar a qualidade do ar, a sustentabilidade de recursos hídricos no território e para prevenir eventuais efeitos nefastos nos solos, nos períodos de maior seca.
Pagaremos todos caro esta destruição economicista do território! E caso não haja autoridades capazes de inverter a situação resta-nos invocar a Fauno que nos proteja! Mas a mitologia serve-nos apenas de consolo e não passa de um exercício de mera fantasia! Mas é o que temos… ou teremos o que merecemos!
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Voltamos a elencar os axiomas pentagonais do nosso teorema, referentes aos trilhos que iremos partilhar e percorrer nas próximas crónicas!
Cinco percursos Pedestres Pequena Rota em Riba Côa
– PR1 SBG – Meandros do Côa (Sabugal)… (Aqui.)
– PR2 SBG – Vale do Cesarão (Vilar Maior)… (Aqui.)
– PR3 SBG – Nascente do Côa (Fóios)… (Aqui.)
– PR4 SBG – Vilares (Soito/Alfaiates)… (Aqui.)
– Trilho do Manego – Quadrazais (percurso traçado mas não demarcado). Vídeo… (Aqui.)
Cinco Percursos Pedestres Pequena Rota no Baixo Côa
– PR5 SBG – Penha do Lobo – Penalobo… (Aqui.)
– PR6 SBG – Rota dos Casteleiros – Sortelha/Casteleiro… (Aqui.)
– PR7 SBG – Caminho Histórico de Sortelha… (Aqui.)
– PR8 SBG – Termas Do Cró… (Aqui.)
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«Território dos Cinco Elementos», crónica de António Martins
(Cronista no Capeia Arraiana desde Setembro de 2014.)
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Caro António,
Obrigado pela recordação, sobretudo da calçada medieval – que o Povo da minha terra chama «romana» – e também pela nota sobre olivais e clima «mais mediterrânico» referido pela CM Sabugal no texto descrirtvo.
É verdade: é exactamente assim…
Desde criança que passo pela Calçada Romana pois um dos prédios ruarais do meu avô fica mesmo na entrada da Calçada…
Forte abraço e não desista.