:: :: PR9 – SBG – ROTA DA MOIRA ENCANTADA :: :: Continuando pelos trilhos do nosso território, esta semana partilhamos apenas algumas imagens, porque não conseguimos percorrer o trilho na sua totalidade, pois este percurso circular é um dos mais extensos do nosso concelho, com 24 quilómetros, mas a sua divulgação ainda não está disponível no site do município e desconhecíamos a distância ou duração necessária para o percorrer.
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PERCURSO PEQUENA ROTA: PR9 – SBG – ROTA DA MOIRA ENCANTADA
BARAÇAL
Seria muito recomendável, à semelhança de todos os outros percursos do concelho, que a informação e divulgação deste PR9 fosse também efectivada quanto antes, pois o percurso está demarcado e homologado e é uma pena não ser conhecido ou não estar ainda a ser divulgado nos sítios oficiais… (Aqui.)
Pelo que nos apercebemos, quando consultámos o painel informativo fixado na aldeia do Baraçal, pareceu-nos um percurso, muito interessante e ao qual queremos retornar para o trilhar na totalidade, mas com o tempo necessário, pois está previsto naquele painel um tempo aproximado de cerca de seis horas e meia de duração.

Limitámo-nos a percorrer uma pequena parte do trilho dentro da aldeia e pouco mais, mas a curiosidade aumentou significativamente e merece um regresso. Apercebemo-nos que tem havido na aldeia muita recuperação de casas tradicionais em granito, ainda que na povoação existam muitas, belas e interessantes casas tradicionais para recuperar e em avançado estado de degradação. Assim houvesse um desejável retorno às zonas rurais e menos povoadas, como tão apregoado tem sido, nos tempos que correm, face ao alarmismo, consequentes medos e seus efeitos decorrentes da situação pandémica que todos estamos a atravessar.
Que nem tudo fosse mau, nesta pandemia e, como diz o adágio, a esperança é sempre a última a morrer e foi esta que ficou na mítica caixa quando Pandora não resistiu à sua curiosidade e a abriu, contrariamente às recomendações dos seus criadores, libertando assim todas as maldades e desgraças e quando se apercebeu do que tinha feito e a fechou apenas ficou lá retida a esperança.
Face ao período que estamos viver, quase acreditamos que o mito da Caixa de Pandora, se tornou realidade e se sentimos e vimos os dramas a acontecer que reforçam essa crença, mais do que nunca precisamos agora também de acreditar na parte do mito em que a esperança está mesmo na caixa e que a todo o momento a podemos abrir repondo e assegurando de novo algum equilíbrio e trazer de volta ao presente alguma harmonia e mais tranquilidade à humanidade.
Retomando e acreditando no caminho da esperança e sem embaraço voltaremos com certeza ao Baraçal, para percorrer aquele trilho da Moira Encantada, um outro mito do qual não conhecemos a estória, mas quem sabe nos traga um bom feitiço ao desfrutar dos vários encantos daquele trilho.
Estamos muito convictos do potencial que existe naquele percurso, pois a informação que consta no referido painel fascina qualquer um.
A conhecer e para desfrutar:
– bosques de soutos e carvalhais e árvores ripícolas;
– uma passagem por um rio que Côa a nossa alma;
– um curioso barroco dos namorados, de carácter sagrado do período das tribos lusitanas, onde poderá tentar a sua sorte de lançar de costas para o barroco uma pedra para cima e, caso aquela se mantenha no cimo daquele, assegura e reforça o grau e certezas dos amores ou desamores da sua vida;
– os toscos abrigos dos pastores;
– o que resta das explorações mineiras na Quinta das Vinhas;
– lagares de eventual período romano nas imediações da povoação do Baraçal que por sinal é a mais jovem freguesia do concelho do Sabugal, segundo informação do painel, que pode estar ligada à história da divisão dos 5 concelhos pré-existentes que foram mais tarde convertidos num só.
Motivos e atractivos não faltam. Assim haja pés e vontade de os pormos naquele tão «mítico» caminho.
À parte do trilho Baraçal, tem sido com embaraço e constrangimento, por nós constatado com alguma regularidade o vazamento de enormes quantidades de diversos tipos de entulho, restos de obras e demolições, em caminhos rurais e em muitas e belas zonas campestres, sem qualquer cuidado, que em nada dignificam o nosso território.
Questionando-nos sobre quais serão os motivos que podem estar na persistência daquele comportamento das pessoas, ao não serem mais cuidadosas, selectivas e atenciosas nos locais que escolhem para o fazer? Porque não procuram um local que precise de ser aterrado e que não afecte tanto o ambiente? Não sabem da existência do vazadouro municipal? É aquele excessivamente caro? Está aquele funcional e operacional de acordo com as necessidades dos munícipes? Porque razão não recorrem os conterrâneos aquele para esse efeito? Pode haver mais e melhor sensibilização junto das pessoas para ganharem mais consciência sobre esta realidade? Muitos dos materiais que se vazam são recicláveis, caso tivéssemos um espaço para o seu depósito e para seleção de resíduos. As pessoas podem até receber dinheiro por lá irem depositar alguns dos materiais? Uma realidade que já acontece em muitos sítios deste país. E se assim fosse ganharíamos todos e vencia o território.
Estamos num período de definição e argumentação de estratégias! Assim para melhoria da qualidade ambiental no nosso concelho, lançamos o repto, para que seja contemplado num dos programas uma melhoria e atempada resolução destes atentados!
No PDM que está em discussão publica no concelho, parecem-nos estar contempladas ou mantidas aberturas totais à entrada de mais e maiores prospeções ou explorações de energias com base nos recursos naturais, aparentemente com poucas ou indefinidas restrições nas quais não nos revemos, pois já diz a regra de Paracelso, a diferença entre o remédio e o veneno está na sua dose.
Voltamos a invocar a abertura da caixa para tentar libertar a nossa esperança, pois queremos acreditar que pode e deve haver mais e melhores restrições e formas de evitar abusos… tanto na exploração dos recursos naturais, como na sua profanação.
Voltamos a elencar os axiomas pentagonais do nosso «Teorema do Território dos 5inco Elementos», referentes aos trilhos que iremos partilhar e percorrer nas próximas crónicas!
Boa caminhada!
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Voltamos a elencar os axiomas pentagonais do nosso teorema, referentes aos trilhos que iremos partilhar e percorrer nas próximas crónicas!
Cinco percursos Pedestres Pequena Rota em Riba Côa
– PR1 SBG – Meandros do Côa (Sabugal)… (Aqui.)
– PR2 SBG – Vale do Cesarão (Vilar Maior)… (Aqui.)
– PR3 SBG – Nascente do Côa (Fóios)… (Aqui.)
– PR4 SBG – Vilares (Soito/Alfaiates)… (Aqui.)
– Trilho do Manego – Quadrazais (percurso traçado mas não demarcado). Vídeo… (Aqui.)
Cinco Percursos Pedestres Pequena Rota no Baixo Côa
– PR5 SBG – Penha do Lobo – Penalobo… (Aqui.)
– PR6 SBG – Rota dos Casteleiros – Sortelha/Casteleiro… (Aqui.)
– PR7 SBG – Caminho Histórico de Sortelha… (Aqui.)
– PR8 SBG – Termas Do Cró… (Aqui.)
– PR9 SBG – Moira Encantada – Baraçal (ainda por anunciar no site oficial dos PR SBG)… (Aqui.)
Cinco Grande Rotas Temáticas que atravessam o concelho
– GR22 – Grande Rota das Aldeias Históricas… (Aqui.)
– Grande Rota do Vale do Côa… (Aqui.)
– Rota dos Castelos (17 castelos)… (Aqui.)
– Rota do Património – rota circular de 100 quilómetros com os principais pontos de interesse (visitáveis) do ponto de vista arquitetónico e arqueológico, do município do Sabugal referida na CETS, mas não encontrámos mais informação sobre o percurso… (Aqui.)
– Rota Portuguesa do Caminho de Salomão… (Aqui.)… que se prevê ser convertida numa Rota Turístico-Literária… (Aqui.)
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Bem-hajam pela vossa curiosidade e leitura!
Prá semana temos mais!
Até lá! Cuidem-se e cuidemos dos nossos!
Meu abraço dos 5inco costados!
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«Território dos Cinco Elementos», crónica de António Martins
(Cronista no Capeia Arraiana desde Setembro de 2014.)
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