O Vale dos Covões revela-nos paisagens deslumbrantes de que vale a pena ufruir. O abandono dos campos, os trilhos irreconhecíveis e caminhos antigos abandonados, transformaram o que podia ser um passeio na natureza numa verdadeira aventura.

O local conhecido por Cruz João Pinto marcou o início da descida em direção à Ribeira dos Covões até à Quarta Feira. Lenda de João Pinto… (Aqui.)

Cinco minutos de caminhada e encontro-me junto às ruinas de um antigo abrigo de pastores. Nestas serras existem muitos.

O Vale dos Covões revela-nos paisagens deslumbrantes de que vale a pena usufruir. (foto3)

Apesar da falta de limpeza dos trilhos e caminhos antigos não foi difícil chegar à ribeira, a descer todos os santos ajudam.
Inesperada e surpreendentemente um motar sobe em direção a Águas Belas. Faz proveito do que resta do antigo caminho outrora muito utilizado pelas populações da Quarta Feira, Caldeirinhas e Bendada quando se deslocavam a pé ou de burro em direção ao Sabugal.

Até à década de 1970 abundavam castanheiros. Hoje contentamo-nos com o resto de um tronco.

Com o abandono da agricultura os freixos e salgueiros multiplicam-se junto à água. Em alguns locais a passagem torna-se difícil! Uma derrocada suscitou a curiosidade! Aproximei-me da água e vi rochas de dimensões apreciáveis que foram arrastadas pelo aluimento de terras. São as leis da natureza!
Próximo da Quarta Feira um moinho abandonado! (foto 6). Sentei-me num rochedo, recuperando forças para o regresso. Excelente oportunidade para observar o voo de uma águia e observar as águas cristalinas da ribeira.

Voltar ao ponto de partida procurando os trilhos antigos foi uma verdadeira aventura! Estão irreconhecíveis e as silvas abundam!
Exausto e com as pernas cheias de ranhões avisto novamente o Dirão da Rua.

Seria importante a criação de percursos pedestres devidamente assinalados. Lamentável o estado de abandono!
Para quem quiser realizar esta aventura, será bom precaver-se com calçado adequado (escolhi botas de campo) e umas calças prontas a serem descartadas.
O abandono dos campos, os trilhos irreconhecíveis e caminhos antigos abandonados, transformaram o que podia ser um passeio na natureza numa verdadeira aventura.
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«Memórias de Sortelha», opinião de António Gonçalves
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Janeiro de 2019)
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