Hoje escrevo sobre esta figura símbolo do Fascismo Europeu, a quem a política ensinou uma coisa muito importante, mas muito antiga! Para chegar ao poder tinha de conseguir o apoio dos ricos e dos bem sucedidos. Os temas centrais da sua propaganda foram o anticomunismo, a regeneração e expansão nacional. Salazar teve durante muito tempo uma foto de Mussolini na sua secretária de trabalho, foto oferecida pelo próprio Mussolini.
Benito Mussolini fez parte do Partido Socialista Italiano, foi director de jornais como – O futuro do trabalhador – fundou uma revista intitulada – Luta de classes – e a partir de 1912 , dirigiu o órgão oficial do Partido Socialista – Avanti – nesta fase da sua trajectória política defendeu ideias revolucionárias, devido à defesa destas ideias esteve algumas vezes preso e exilado. Mas termina com o Partido Socialista no início da Primeira Guerra Mundial, foi subornado pelo Governo Francês e declarou-se partidário da intervenção armada de Itália ao lado da Entente – França, Inglaterra e Rússia – contra os Impérios da Europa Central. Expulsaram-no do Partido Socialista por corrupção e iniciou a sua carreira de Duce, fundando em 1919 os Fascios Italianos de Combate, e em 1921 o Partido Nacional Fascista, organizou então a «Marcha sobre Roma» e a tomada do poder.
O Fascismo de Mussolini sempre foi uma espécie de caricatura do antigo Império Romano e da Latinidade do Mare Nostrum. Apesar de se considerar ultramoderno, era um movimento regressivo e com uma orientação para o passado. A ideia central do Fascismo Italiano não era criar uma nova realidade, mas voltar-se para o passado e resgatar uma herança histórica. O modo de pensar de Mussolini era o culto à força, à brutalidade e à guerra, não foi tão cruel como o Nacional Socialismo Alemão, porque realidades históricas e socioculturais não o permitiram, mas mesmo assim ainda houve campos de concentração em Itália durante a II Guerra Mundial, embora se diga que os presos depois seguiram para a Alemanha e lá foram mortos, não podemos esquecer o campo de concentração de Fossoli, onde foram cremadas entre 3.000e 5.000 pessoas!
O Fascismo Italiano apoiou-se fundamentalmente, não nos trabalhadores, mas nos camponeses, na pequena burguesia pobre e nos intelectuais, também na juventude e certos núcleos militares.
Uma das características do Fascismo Italiano foi a destruição da interioridade humana das pessoas, por isso, a proliferação de uniformes, desfiles militares, bandeiras estandartes, tudo tinha de pertencer a um grupo, nada de individualismos, tudo tinha de ser igual até nos gestos e na linguagem! Massificação e apoteose da propaganda, assim se definia o Fascismo Italiano.
Mussolini foi executado pelos resistentes em Abril de 1945.
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«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Junho de 2008)
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