O bispo da Guarda, D. Manuel Felício, anunciou que os donativos da renúncia da Quaresma na Diocese da Guarda vão reverter para a Diocese de Pemba, no norte de Moçambique, e para um fundo de solidariedade gerido pela Cáritas e pelas Conferências Vicentinas.

A mensagem para o tempo quaresmal do bispo da Guarda, D. Manuel Felício, intitulada «Quaresma – Tempo para fortalecer a cultura do cuidado» foi publicada na página oficial da Diocese na internet e onde se pode ler que a renúncia quaresmal de 2021 terá duas finalidades…
«Queremos ajudar a superar a grave crise humanitária que se vive no norte de Moçambique, em que continua a crescer o número de mortos e refugiados. Com essa finalidade, entregaremos metade dessa nossa renúncia a D. Luís Fernando Lisboa, bispo da Diocese de Pemba (antes chamada Porto Amélia), no norte de Moçambique, que é o rosto desta causa,que já foi levada ao Parlamento Europeu, suscitou a atenção do Papa e chegou também à nossa Assembleia da República.»
Manuel Felício lembra, a propósito, que o primeiro bispo da Diocese de Pemba foi José Garcia, falecido em 2010, que era natural de Aldeia do Souto, Covilhã, na Diocese da Guarda.
«A outra metade da renúncia quaresmal da Diocese da Guarda será destinada a um fundo local de solidariedade, gerido conjuntamente pela Caritas e pelas Conferências Vicentinas, para responder a necessidades novas, fruto da pandemia».
O bispo da Guarda recorda «o bom trabalho realizado conjuntamente por estas duas instituições [Caritas e Conferências Vicentinas] quando houve um fundo de solidariedade criado pela Conferência Episcopal, há alguns anos atrás, com o qual foi dada resposta a várias situações de pobreza relevantes, nesta Diocese».
«Em tempo de pandemia e na Quaresma, que nos recomenda a oração mais intensa, rezamos pelas vítimas do covid e suas famílias, pelos profissionais de saúde e outros cuidadores, como capelães e voluntários», escreve Manuel Felício.
O bispo lembra, também, que a Quaresma é, na tradição cristã, «um tempo especial de penitência e de reconciliação».
“Querendo nós, ao longo da Quaresma, dar especial cumprimento à recomendação de cuidarmos bem uns dos outros, urge procurar reforçar o nosso propósito de viver a solidariedade e a partilha, especialmente com os mais necessitados”, recomenda o bispo da Guarda.
Os católicos iniciam a Quaresma no dia 17, Quarta Feira de Cinzas, que é o período de 40 dias que antecede a Páscoa, principal festa dos cristãos, marcado por períodos de jejum e partilha, como a renúncia quaresmal, cujo produto é destinado a obras e causas sociais.
jcl (com Diocese da Guarda)
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