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Página Principal  /  Cultura • História • Odivelas • Por Terras de D. Dinis  /  D. Gil Vaz Lobo – alcaide de Vilar Maior
18 Janeiro 2021

D. Gil Vaz Lobo – alcaide de Vilar Maior

Por Maria Máxima Vaz
Maria Máxima Vaz
Cultura, História, Odivelas, Por Terras de D. Dinis d. gil vaz lobo, maria máxima vaz 1 Comentário

D. Gil Vaz Lobo era filho de Gomes Freire de Andrade e de D. Luísa de Moura. Participou, com seu pai, na Revolução de 1640, tendo sido um dos que procuraram a Duquesa de Mântua para a expulsarem de Portugal. A sua carreira militar levou-o a todos os pontos onde a Guerra da Restauração precisou do seu valor, desde a Aclamação de D. João IV.

A capela e o altar de Nossa Senhora do Monte do Carmo em Odivelas
A capela e o altar de Nossa Senhora do Monte do Carmo em Odivelas

Não encontrei ainda a data do nascimento de D. Gil Vaz Lobo, mas os registos da sua carreira dizem-nos que em 5 de Dezembro de 1630 lhe foram concedidos 900 réis de moradia – mercê de moço Fidalgo.

Em 2 de Fevereiro de 1641 recebeu a patente de Capitão de Infantaria, para servir com seu pai em Campo Maior.

Em 20 de Novembro de 1645 passou a Capitão de Cavalaria, a prestar serviço no Alentejo.

A 8 de Março de 1657 foi armado cavaleiro da Ordem de Cristo, pelo Conde de Vimioso, D. Miguel de Portugal, na igreja de Nossa Senhora da Conceição em Lisboa. Neste acto solene, foi seu Padrinho D. Diogo de Almeida.

Em 14 de Agosto de 1659, foi-lhe dada em Lisboa, a Carta de Governador de Cavalaria da Corte e Comarcas do Ribatejo, com o título de Tenente General de Cavalaria da Beira.

Em 10 de Maio de 1669, foi nomeado Governador de Armas da Província da Beira, pelo Príncipe Regente D. Pedro, que veio a ser rei depois da morte de D. Afonso VI, seu irmão.

Este cargo retinha-o, a maior parte do tempo, em Castelo Branco, onde veio a falecer no ano de 1678. Quanto ao dia é que os documentos não são unânimes, apontando-se o dia 7 de Março ou os dias 6 ou 7 de Maio.

E se os seus cargos militares são elevados e honrosos, os seus bens também são avultados.

A lápide tumular informa que era Alcaide de Vilar Maior, Senhor das vilas de Coriceiro e Carapito e Comendador da Comenda da vila de Puços.

Pelo seu testamento ficamos a saber que era dono de uma quinta em Odivelas. Deixou uma importância em dinheiro para que nessa quinta se construísse uma capela a Nossa Senhora do Monte do Carmo e que trasladassem para essa capela os seus restos mortais, pois até esse tempo ficaria sepultado na ermida de São Gregório, em Castelo Branco.

Mais declarou no testamento, que a sua herdeira universal era a sua irmã D. Madalena da Silveira, casada com Manuel Henriques de Miranda. Foi assim que a quinta passou a ser conhecida pela Quinta Nova do Miranda.

Passados 17 anos foi, finalmente, feita a trasladação dos restos mortais de Gil Vaz Lobo para a sua quinta de Odivelas. A lápide lá está ainda hoje, a comprová-lo.

O nome nela gravado é Gil Vaz Lobo Freire, mas ele não tinha o apelido «Freire», embora esse fosse também um apelido da sua família. Em documentos oficiais nunca aparece o Freire.

Manteve-se a quinta, por heranças sucessivas, na posse dos Miranda Henriques, até que a última proprietária desta família a deu como garantia de um empréstimo, que não conseguiu pagar, vindo a ser comprada pelo senhor José Rodrigues Mendes, em 1879. Esta é a razão de lhe chamarem «Quinta do Mendes».

A capela de Nossa Senhora do Monte do Carmo é hoje a recepção e a galeria de exposições da Biblioteca Municipal D. Dinis, onde podemos ver a lápide tumular, feita quando da trasladação. Os restauradores do edifício tiveram o bom senso da a conservar. Parabéns a todos os que compreendem que restaurar é integrar e não eliminar.

A nossa identidade não subsiste sem memórias e um povo sem história é um povo sem futuro.

Túmulo de D. Gil Vaz Lobo
Lápide tumular de D. Gil Vaz Lobo

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«Por Terras de D. Dinis», crónica de Maria Máxima Vaz

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Maria Máxima Vaz
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1 Comentário

  1. Avatar ODETE LEITE Responder a ODETE
    Quinta-feira, 21 Janeiro, 2021 às 1:47

    Tenho lido os seus artigos com muito gosto e admiração. Sou natural de Aldeia do Bispo, concelho do Sabugal, historiadora e investigadora integrada do CITCEM da Universidade do Porto, grupo de populações e saúde. Sou prima direita com muito orgulho e admiração do historiador e investigador Adérito Tavares, que muito tem escrito sobre a capeia arraiana e outros temas do concelho, para além de vasta obra publicada, e colabora com a publicação em linha Capeia Arraiana.
    Tenho centrado a minha investigação no concelho de Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga, onde resido. Contudo, numa das minhas idas à Guarda, onde vive a minha irmã e a minha filha mais velha, visitei a Biblioteca Eduardo Lourenço, onde a sua diretora e colaboradores tão bem me acolheram. Decidi escrever um artigo, que fizesse alusão ao concelho onde nasci, o do Sabugal, e usando o periódico A Guarda, estudei a incidência e o impacto da gripe espanhola, ou pneumónica de 1918, no distrito, Entre as conclusões a que cheguei, usando também outras fontes, como as produzidas pelas autoridades sanitárias e de saúde (delegado de saúde da Guarda) conclui que o concelho do Sabugal foi o mais fustigado. Uma das vítimas foi o meu avô paterno que nasceu noutra freguesia do nosso concelho, bem perto da sua sede, deixando 3 filhos sem pai, o mais novo com 4 anos . o meu pai – e uma jovem viúva. Chamava-se Joaquim Martins Paiva e era comerciante Apresentei o meu artigo num congresso sobre o tema na cidade de Guimarães, organizado pela Casa de Sarmento – unidade cultural da Universidade do Minho – , a Sociedade Martins Sarmento sita em Guimarães, e o CITCEM da Universidade do Porto, tendo havido várias participações, incluindo a do doutor Francisco Georges, antigo Diretor Geral da Saúde. Os artigos foram reunidos e o livro está disponível em linha, com a chancela da Sociedade Martins Sarmento, Casa de Sarmento e CITCEM. Se gostar de o ler, poderá fazê-lo, em breve, na Capeia arraiana, caso o diretor entenda fazê-lo. Vou enviar-lho e admito que seja publicado, pois, já foi sujeito a arbitragem científica.
    Gostaria de saber mais sobre si…o seu trabalho, as suas produções científicas, que pela amostra são excelentes e a Idade Média fascina-me e D. Dinis, rei culto e inteligente teve uma ação marcante no nosso país e decisões de relevo para o seu tempo…

    Um abraço

    Odete Paiva

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