A notícia cai-me como uma bomba… o Acácio morreu!
Nunca estamos preparados para a morte, mesmo quando ela é esperada.
O Acácio era um daqueles sabugalenses que, na sua simplicidade, ganham uma importância maior para as comunidades em que se inserem.
O Acácio era o amigo e isso diz tudo.
Conhecia-o desde sempre; compartilhei com ele momentos felizes e outros nem tanto assim; vivemos lado a lado algum tempo.
Homem só, sabia fazer das amizades a sua vontade de amar o outro.
E bastava entrar na loja de tecidos onde trabalhava na Rua dos Fanqueiros em Lisboa, e observar a forma como tratava todas as clientes, elevando-as à condição de princesas e rainhas, para se perceber como era o Acácio.
No Lar onde estava agora, a sua preocupação permanente com os restantes utentes e, em especial, a minha mãe que tinha o quarto em frente ao seu, mostravam que continuava a ser o mesmo Acácio.
A notícia de que o COVID o tinha atingido e que se encontrava em estado muito crítico nos cuidados intensivos na Guarda, já prenunciava uma partida demasiado cedo.
Não se tem saudades de um amigo que parte, tem-se um manancial de memórias conjuntas que o mantêm vivo em nós.
Por isso, e como já o disse noutro lado…
«Não te digo adeus Acácio porque aos amigos apenas dizemos, na hora da partida – “até à próxima” –, certos que nos vamos voltar a ver.»
À família e, em especial ao seu irmão e meu grande amigo Quim, um abraço de solidariedade nesta hora tão ruim.
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«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Setembro de 2007)
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Conheci o sr Acácio na Casa do Concelho do Sabugal, em Lisboa. A partir daí gerou-se uma enorme e recíproca empatia! Homem de uma lhaneza e respeito ímpar!
Descansa em paz amigo! Condolências aos familiares!