«Sabugal Guarda Portugal. Um bom mote para o nosso concelho.» Se atentarmos ao duplo sentido desta frase, podemos interpretar que Sabugal pertence ao distrito da Guarda e ao país Portugal, que é a nossa representação geográfica e dependência administrativa da localização do nosso concelho em relação à capital de distrito.

PARTE IX
PATRIMÓNIO CULTURAL, ARQUITECTÓNICO E HISTÓRICO
«Sabugal Guarda Portugal. Um bom mote para o nosso concelho.» No sentido interpretativo mais literal desta oração, podemos mesmo interpretar que o Sabugal guarda Portugal, na medida em que o nosso concelho foi sempre, no tempo das invasões, a principal porta defensiva da entrada do inimigo no país, qual muralha que fazia deste território a principal e primeira linha defensiva da fronteira. Daí a importância e relevância nacional da existência dos cincos castelos de fronteira e das cinco vilas medievais no nosso território.
Na continuidade da nossa partilha de evidências que possam validar o «Teorema do Território dos Cinco Elementos», ousamos defender que o concelho do Sabugal é passível de ser reverenciado, permitamo-nos a esta afoiteza, como o concelho mais emblemático de Portugal, ao termos em consideração a significância da relação numérica do cinco, nos símbolos e sinais da heráldica e brasão do estandarte nacional.
Pois a significância e representatividade do número cinco domina os símbolos do brasão nacional, um escudo com cinco escudetes azuis designados por «cinco quinas» e que em cada quina tem cinco besantes brancos que, segundo a lenda, representam as cinco chagas de cristo.
À semelhança do brasão nacional podemos ressalvar também a relevância do «cinco» na heráldica do estandarte municipal. Pois cinco elementos ou símbolos compõem também o brasão do nosso Município, a saber: escudo vermelho, castelo de prata, dois sabugueiros, duas chaves, campanha diminuta de prata e azul de três tiras onduladas.
Assim como ressalvamos a constatação da coroa mural de prata com as Cinco Torres, sobre o escudo do Brazão.
Mas de todas as constatações e múltiplas possibilidades que atestam a permanência e existência de vários aglomerados de cinco elementos na nossa realidade concelhia e de todos aqueles que já enumeramos e os que ainda iremos enumerar, o que deu força a este exercício de criatividade e o qual podemos considerar, de forma individual e singular como sendo o 5.º elemento por excelência será, como não podia deixar de ser, o garboso, o imponente, o magnífico e belo castelo das Cinco Quinas.
Este monumento exubera em evidências simbólicas pentagonais: a torre de menagem pentagonal, as cinco quinas, as cinco faces da sua torre de menagem, as cinco torres que fazem parte do perímetro amuralhado do castelo, os cinco matacães, uma torre quadrangular com cinco ameias em cada um dos lados e eventuais outros grupos de cinco elementos que não conseguimos identificar.
Tanta história passou e quanta estará ainda para passar por aquele monumento nacional. Se nos atrevermos a pensar um pouco desde a origem e talha das suas pedras, sobre os obreiros que ali trabalharam e o construíram. Sobre estes uma particularidade: o arquitecto que edificou esta obra, Frei Pedro, foi o mesmo que edificou o Mosteiro de Alcobaça. Quantas batalhas travadas? Que destino e funções aquele espaço já teve? Quantas e quantas visitas já teve e tantos foram os concertos e eventos mágicos e fabulosos que ali aconteceram?
Quantas estórias e segredos por ali aconteceram? Até milagres, o «das Rosas» em Janeiro, diz e conta a lenda que foi aqui. Poderia lá ser em outro sítio! Ainda agora não temos nem rosas nem flores em janeiro, a aspereza do clima nunca o permitiria. Defendamos a lenda, onde ela tem mais sentido, aqui, e não a deixemos fugir. O presépio natural encontrou o reduto ideal para a sua instalação. A Rainha Santa Isabel, deve estar orgulhosa e quiçá até volte a haver rosas em Janeiro!
Este será sempre um símbolo e imagem de marca deste território e orgulho dos sabugalenses, pelo alcance e projeção nacional que teve e pode continuar a ter.
Muitos podem não conhecer o monumento nem nunca o ter visitado mas serão poucos os que não conhecem a difundida e singela quadra popular do nosso cinco quinas à beira Côa, que só há um em Potugal.
Haverá ainda quem não conheça?
Todavia, pode não ser único de cinco quinas em Portugal, até porque existe um outro com uma torre pentagonal (com cinco lados), também em Monsaraz, mas a geometria perfeita da nossa torre, a dimensão e imponência do nosso castelo, não terão comparação.
E foi deste representativo axioma pentagonal e da sua relevância de cinco elementos mais evidente no nosso concelho que partimos em busca e exploração de outras configurações, constatações e evidências com possíveis enumerações de novos grupos pentagonais.
Atentemos nos axiomas desta semana…
Castelo de Cinco Quinas
O mais emblemático axioma que esteve na origem do Teorema.
Cinco pelourinhos históricos
Sabugal | Sortelha | Alfaiates | Vila Touro | Vilar Maior
Toda a numeração das Estradas Municipais da rede viária do concelho do Sabugal começam pelo numero cinco (5):
Ex: EM532… EM550… EM551.
As medidas sobre as maiores distâncias geográficas actuais do concelho, correspondem a múltiplos de cinco…
– Largura do concelho 25Kms (5×5);
– Comprimento do concelho 75 kms (5×15).
Sabugal é o 15.º concelho de Portugal com maior área
– Com 822,70 km2 é maior que a região Autónoma da Madeira (741 km2), mas não temos é ¼ dos apoios e incentivos que aquela recebe.
Cinco concelhos portugueses contornam/delimitam o concelho do Sabugal
Penamacor | Belmonte | Fundão | Almeida | Guarda
Cidade dos Cinco «F» – Forte, Farta, Fria, Fiel, Formosa
Nome pelo qual é conhecida a cidade da Guarda, nossa capital de distrito.
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Bem-hajam pela vossa curiosidade e leitura!
Prá semana temos mais! Até lá! Cuidem-se e cuidemos dos nossos!
Meu abraço dos 5inco costados!
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«Território dos Cinco Elementos», crónica de António Martins
(Cronista no Capeia Arraiana desde Setembro de 2014.)
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