O discurso do poder é um baile de disfarces verbais. Nós, Povo, ficamos na maior parte das vezes confundidos com o que ouvimos sair da boca de alguns dirigentes políticos.

Um novo ano começou, o que podemos esperar dele ? Pessoalmente creio que no campo político, económico, e social pouco irá mudar, «ferverá» um pouco com as eleições presidenciais e autárquicas, e também provavelmente com a queda do Governo, depois, voltará tudo ao mesmo. os mesmos discursos dominados pelos grupos de pressão económicos e políticos, discursos que não são livres, mas que estão submetidos à influência dos sectores chave da sociedade.
O Povo anónimo continuará a sofrer com os baixos salários, com as misérrimas pensões de reforma e com impostos altíssimos, admirando-se depois a classe política quando ouve «são todos iguais». A desigualdade socioeconómica é a que melhor representa a degradação da Democracia, podemos dizer, sem errar, que quem está a pôr em perigo a Democracia são as minorias privilegiadas, e não o Povo Soberano que suporta as arbitrariedades e a prepotência do Estado, dos partidos políticos e dos grupos de pressão.
A Democracia significa governo do Povo, este tem os seus representantes no Parlamento, elege-os, mas depois de eleitos fazem o que têm na vontade, ignorando o que prometeram, assim perdem toda a legitimidade. Nada me leva a crer que isto mudará no presente ano de 2021.
E para tudo estar completo, já se fala no regresso da Margareth Thatcher de calças, ou seja: Passos Coelho! Não é que faça pior nem melhor do que os outros, irá é roubar ainda mais as classes populares e médias para entregar tudo nas mãos da poderosa Élite económica. Já tivemos essa experiência com ele, lembram-se? Ou já esqueceram?
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«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
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