Não é tempo de contos de Natal…

Sai esta crónica no dia 24 de dezembro e tinha decidido escrever um conto de Natal.
Mas a verdade é que a nossa vida este ano tornou-se de tal modo num pesadelo que nem os mais mágicos contos de Natal nos fariam esquecer aquilo por que estamos a passar.
Famílias que não se podem juntar; o medo de sermos contagiados ou podermos contagiar os nossos mais queridos; a incerteza do futuro, tudo isto é demasiado para que que a distração de um conto nos torne mais felizes.
E é que não podemos mesmo distrair-nos!
Sobretudo os mais jovens e os mais saudáveis têm uma responsabilidade acrescida para com os seus familiares mais idosos ou mais vulneráveis.
Este ano, pese embora a saudade e a mágoa de não estarmos juntos, é por eles que o devemos fazer.
Não podemos cair na tentação da emoção.
E ainda esta semana, um candidato que, por acaso, é Presidente da República e também já pertence à camada de população mais idosa, prestou um muito mau exemplo ao vir dizer publicamente que não terá uma ceia de natal familiar mas que, pelo contrário tem, entre o dia 23 e o dia 26, vários almoços e jantares de Natal!
Ora aqui está um exemplo que ninguém deve seguir. Se uma ceia de consoada já constitui um perigo, multiplicar este perigo por várias ocasiões é um risco que não vale a pena correr.
Vamos limitar ao máximo os contactos familiares e de amigos.
Para o ano também há Natal e, esperemos, já podemos recordar este como se nunca tivesse acontecido.
Um bom e seguro Natal para todos!
:: :: :: :: ::
ps. Há amigos que o são e não precisam de explicar porque o são. Acácio, neste momento difícil da tua vida, um abraço, daqueles que só os amigos sabem dar.
:: ::
«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
Leave a Reply