A vida ajuda-nos a construir as nossas memórias numa dialéctica entre duas preposições em que uma só existe porque é sustentada pela existência da outra. O filósofo Paul Ricoeur sustentou a tese de que «é através da função narrativa que a memória é incorporada na constituição da identidade seja ela qual for e que o dever de memória coloca a história no sentido do futuro e assume-se verdadeiramente como uma tarefa ética». Também por isso aqui no Capeia Arraiana, que hoje 6 de Dezembro, comemora 5114 dias de publicações, o caminho de criar a nossa memória colectiva dum povo lutador se fez caminhando dia a dia ao longo dos últimos 14 anos. Um destes dias fui ao encontro de dois brilhantes escribas deste espaço e na consequência da conversa de que fui ouvinte atento nasceu a necessidade de lançar um desafio…
