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27 Novembro 2020

A decisão

Por António José Alçada
António José Alçada
Angola, Covilhã, No trilho das minhas memórias antónio josé alçada Deixar Comentário

Aqui na Lunda Norte, finalmente vai ser inaugurado um Laboratório para análises ao SARS-Cov2, capacitado para testes moleculares, com o PCR-RT e os serológicos (ou testes rápidos). O investimento foi consideravel, dado o esforço financeiro, em que a generalidade das sociedades africanas, têm sofrido com esta pandemia. No entanto, ao circular por estas ruas, ou estradas, não posso ficar indeferente a outros flagelos. Na realidade, nos dias de hoje, ser político é mesmo um tormento.

Rio em Angola - as ravinas são outra pandemia - capeiaarraiana.pt
Rio em Angola – as ravinas são outra pandemia

No contexto actual promover-se um laboratório devidamente equipado para análises ao Covid-19, bem como outros vírus que sejam detectados por estes equipamentos, é uma atitude muito louvável, e acredito, trará alguma descanso aos mais temerosos. O facto do actual Governador da Lunda Norte ser um médico, com diversas pós-graduações em saúde pública, foi sem dúvida um factor que terá pressionado para se avançar com este empreendimento.

O esquema de protecção sanitária implementado aos cidadãos que cheguem a esta província, obriga a uma quarentena domiciliária, controlada pelo Direcção Provincial de Saúde. Eu próprio passei por essa experiência e resultou sem qualquer dificuldade. Existem postos entre os municípios que verificam, no mínimo, o uso obrigatório de máscara, mesmo dentro da viatura. E a vida continua, com normalidade, tendo alguns mercados sido transferidos para locais mais espaçosos e arejados.

Até nesse aspecto a questão económica foi atendida, pese embora os efeitos da pandemia, em termos do «ganha-pão», alastrem mais por este mundo que a própria doença. Mas não há Bela sem senão!

Sendo eu um estudioso da erosão hídrica, sinto muita preocupação à «pandemia» de ravinas que proliferam por África, principalmente nas regiões subtropicais. E tal como na saúde, não há «vacina», porque a erosão que surge tem dois factores incontornáveis: as alterações climáticas que promovem o fenómeno extremo e a mão humana.

Os engenheiros e geólogos, neste caso os «médicos» habilitados para combater esta pandemia, só têm o «paracetamol» que são medidas de contenção caríssimas e que não garantem eficácia da cura, ou remedeio, porque as «mutações» são de facto um problema. A água, principalmente da chuva, surge quando menos esperamos e com as torrentes que arrastam a vegetação que outrora era suficiente para garantir a «saúde» da terra.

As torrentes surgem nas zonas altas do território, começando a «ravinar» onde o solo permite, facilitando o escoamento torrencial e a «contaminação» de outras zonas com ravinas cada vez maiores. E tal como a febre, aparecendo uma pequena ravina, passado uns meses, com a chuva constante surge um vale, e se esse vale tem actividade humana, as pessoas ficam seriamente ameaçadas da sua actividade, ou das suas casas, ou acessos ou até da integridade física.

O que fará então um decisor político geólogo ou um decisor político médico?

Com a pressão mediática a decisão seria sempre a mesma. Combater a pandemia que assola o mundo. Mas esse tem sido o problema. A pressão mediática.

Obviamente que «não há fumo sem fogo». Só não sabemos ao certo se esta pandemia vai do Alasca à África do Sul, e continua viagem até à Sibéria.

Também não sei o que dizem os epidemologistas e virulogistas. Mas será que, na verdade, este SARS-Cov2 sobrevive nos pólos e no deserto?

No caso que eu sei, as ravinas e a erosão em geral, são igualmente fenómenos preocupantes. E em Portugal temos a erosão costeira que, tal como outros fenómenos naturais, é combatida paliativamente. Eu sou daqueles que acredita que o nível médio do mar está a subir. Basta ver o que se vai passando na Costa da Caparica, o dinheiro que tem sido gasto e as preocupações dos donos dos inúmeros restaurantes.

Por isso, vai ser preciso pressão mediática para as autoridades intervirem. Se as televisões não aparecerem no próximo flagelo, bem podem chorar os comerciantes.

E aqui concluo o artigo. Sem pressão mediática, nada se passa!

Mas com pressão mediática há decisões, de facto!

Dundo Velho, 21 de Novembro de 2020

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«No trilho das minhas memórias», crónica de António José Alçada

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