«Toda a arte de mandar tem sido uma arte de falar.» Sempre assim foi, mas presentemente é considerada a era dos meios de comunicação de massas e da informação.
Sendo assim, todos nós temos o dever de estar bem informados. Será assim? Claro que não, se o actual momento histórico se chama da – Informação – também podemos dizer que é o momento de tergiversar palavras, de ocultar palavras e de silenciar vozes. Nem todos os cidadãos têm acesso aos meios de comunicação social, quanto mais pobres forem, menos possibilidades têm de se fazer ouvir.
Também a monopolização dos órgãos de opinião pelas grandes cadeias de televisão estatais e privadas, incluindo os jornais e a indústria da cultura, faz com que o discurso público não seja livre, há uma censura gerada pela própria dinâmica. Esta é uma censura não ordenada pelos governos como nas ditaduras, vai surgindo de interesses dos que têm mais dinheiro e influência.
O Sistema para se auto-legitimar a si próprio encomenda os «sermões» aos intelectuais, por isso são honrados e recompensados. Ainda há intelectuais íntegros, mas começam a ser mais os que se vendem.
Ninguém está contra a Democracia, eu estou contra o aviltamento da Democracia e chegada da Extrema Direita ao meu País, se é que algum dia de cá saiu…
:: ::
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Junho de 2008)
:: ::
Leave a Reply