Viajar hoje é quase obrigatório. Toda a gente gosta de mostrar aos amigos uma foto tirada algures longe da morada. Organizam-se excursões para visitas cá e lá fora, com viajantes que, por vezes, mal têm para comer. Mas, como é moda, toda a gente viaja.
>> ETAPA 62 >> RÚSSIA.
III – VIAGENS LÁ FORA – ANO 2005
Fui três vezes à Rússia. A primeira vez foi em Agosto de 1968, que já relatei.
2.ª VIAGEM À RÚSSIA
De 29 de Janeiro a 6 de Fevereiro de 2005
29.01.2005 >> Pelas 12:00 horas saí de casa para o aeroporto, estando engripado. O avião partiu às 13:30 horas. Em Frankfurt houve mudança de avião para um da Aeroflot. Apanhei o Sky-Lab. Chegada a Moscovo pela 01:30 horas da manhã de 30 de Janeiro.
30.01.2005 >> Cheguei com uma hora de atraso. Eram poucos os passageiros. Na alfândega foi tudo rápido. A Victória (Vica), que se correspondia comigo, estava à minha espera. Táxi (50$90) para o hotel Rossija, junto ao Kremlin, quarto 9-067. Tive de alugar quarto para a Vica. Boas intimidades. Estava tudo coberto de neve. Pequeno almoço no piso -2, difícil de lá chegar por corredores compridos. Quarto. Novamente intimidades totais. Ela untou-se e a mim com perfume.
Dormi. A Vica saiu sem se despedir, porque eu lhe disse que fosse para sua casa. Eu tinha sido operado ao nariz e ainda não estava bom. Fui ao Kremlin. Frio danado. Comprei barrete (chabka) que ainda guardo. Conheci a Kate, de São Petersbourg, estudante, e a Tatiana, estudante de Filologia, junto da igreja de São Basílio. Deu-me uma caneta de madeira pintada. Visitei as lojas e comi no Darova, típico restaurante russo=640 rublos= 18,5 euros. Pelas 16:00 horas locais fui para o quarto ver na CNN as eleições no Iraque. Depois fui para o átrio, conversando com a Vália, empregada das roletas. Comprei água e cola, que tomei com bolo. Cama pela meia-noite.
31.01.2005 >> A Liapina, com quem me correspondia, não veio, como prometera. Pelas 13:00 horas fui até à Praça Vermelha. Nevava. Meti-me nos armazéns Gum, com aquecimento central. Conheci a Nadie, loura, de 20 anos. Almocei pelas 16:00 horas, 118 rublos, num restaurante barato na cave dos armazéns Gum. Fui ao hotel. Voltei ao Gum, donde regressei pelas 17:30 horas. Quarto. Dormi e vi a CNN. Às 20:30 horas fui para o hall. Cama às 24:00 horas.
01.02.2005 >> Fui para o Gum. Regressei ao hotel pelas 15:00 horas. Pelas 16:00 horas voltei a passear. Almocei salmão com a Maria e a Imna. Conheci a Natália, de Tule, viúva, com filha de quatro anos. Depois tomei chá com a Galina, estudante de contabilidade, de 21 anos. Regressei ao hotel pelas 18:30 horas.
02.02.2005 >> Pelas 11:00 horas fui passear. Visitei a parte exterior dos edifícios do Kremlin, embora tenha entrado nas igrejas da Assunção e Arcanjo S. Michael. Hotel. Pelas 16:00 horas voltei ao Gum, onde almocei (510 rublos), caríssimo, por sopa, salmão, salada e cerveja. Conheci a Nina, de barrete branco à coelhinha, de Tomsk, 24 anos, com quem tomei café, a Elvira, de 27, e a Añy (Anastácia), de São Petersbourg, muito bonita, de 20 anos, bailarina e estudante, com quem. tomei chá até às 20:00 horas. Hotel.
03.02.2005 >> Passeio pelas avenidas. Ao almoço conheci a Olga, de 20, com a tia, de Kurk. Queria casar comigo. Às 16:00 horas encontro com a Elvira. Hotel pelas 18:00 horas. Telefonou a Natália de Tule a dizer que vinha no dia seguinte.
04.02.2005 >> Apanhei Metro para a estação Konsomol (velha). Depois para a estação de caminhos de ferro (a electric). Dificuldade em me perceberem. Bilhete para Serguei Possad Lavra Monastery. Passei uma hora no comboio=48 rublos. O mosteiro era bonito, mas quase tudo fechado. Escorreguei na neve e quase caí. Almoço. Conheci a Ana, de 27. Já em 2010 telefonou-me, dizendo que queria casar comigo, mas já era tarde. Hotel pelas 20:00 horas.
05.02.2005 >> Na internet, mensagem da Pavla Liapina. Queria que eu fosse ter com ela ao Metro. Receei que fossem máfias e não fui. Mais conhecimentos, entre elas a Kristine e amiga. Hotel. Almoço no self-service Sbarro, bom, embora caro. Hotel. Telefonou a Natasha, de Tule, a dizer que só vinha no dia seguinte.
06.02.2005 >> Pelas 13:00 horas fui de táxi para o aeroporto por 1.200 rublos (34,68$). Viagem normal com a Aeroflot até Frankfurt e com a Tap de Frankfurt para Lisboa. As malas só mas entregaram no dia seguinte em Lisboa.
Moeda: rublo; 1$=34,6 rublos. 1€=33 rublos.
3.ª VIAGEM À RÚSSIA
De 2 de 12 de Maio de 2005
02.05.2005 >> Levantar às 05:30 horas e táxi pelas 06:00 horas para o aeroporto de Lisboa. Partida às 08:35 horas, com meia hora de atraso.
Chegada a Zurich pelas 10:35 horas (11:35 horas locais). Fui de táxi para o centro da cidade com o auditor Daniel, que vivia em Colares. Visita de Zurich, com o rio Limat, que nasce no lago Zurich. Bonitas bordas do lago, com muitos bancos e animação. Conheci a bósnia Mérica, de 19, de Pec.
Almoço, do tipo macdonalds, com peixe e uma cerveja, que custou uns 16 FS. Troquei 20 euros=28,5 francos suíços. Passeio ao longo do rio. Conheci a Stéphanie, de 21, vendedora de livros. Agradável na conversa. Até se despediu de mim com 3 beijocas. Apanhei o comboio para o aeroporto=5,8 FS, onde cheguei cedo. Partida para Moscovo com a Swiss International Airlines pelas 20:50 horas e chegada ao aeroporto de Demodedovo (Moscovo) pelas 02:00 horas da manhã.
03.05.2005 >> Do aeroporto ao hotel eram 25 quilómetros. Paguei 50$ de táxi. Fiquei no hotel Sputnik, quarto 825. Uma péssima espelunca, longe e velho, porque não se podia estar no centro por causa da parada do dia da Vitória (Pobeda).
De manhã telefonaram-me para mudar de quarto para o 505, já razoável. Pelas 12:00 horas veio a Natália, de Tule. Intimidades repetidas, embora, a princípio, não quisesse. Fomos até à Praça Vermelha. Fechada para parada militar. Almoçámos no Sbarro. Fomos à igreja no alto e visitámos o jardim das maldades às crianças. Regressámos ao hotel pelas 18:00 horas. Ela deu-me vários presentes e eu a ela. Aluguei quarto duplo=3.040 rublos. Bom. Jantámos sandes no hotel com cerveja(pivo). Cama cedo.
04.05.2005 >> Tomei o pequeno almoço e mudei coisas para o single, n.º 505. A Natália foi comigo até à estação de Metro Teatrália. Encontro com a Ludmila, com quem me correspondia, que me telefonou. Café no Gum, com carícias avançadas. Tinha olhos bonitos, mas era baixinha. Ela ia sair pelas 13:00 horas de autocarro para a Alemanha.
Entrei na pequena igreja no recinto onde as mulheres que procuravam parceiro deixavam um escrito numa caixa, onde encontrei a Juliet, de 35 anos, divorciada. Junto da estátua de Jukov conheci a Oksana, e depois a Kate, de 19 anos, pintora, com quem almocei no Sbarro, que me levou à sua exposição de pintura e me fez o retrato. Entrei no Gum e conheci a quase médica Anastásia, magrinha, de 22 anos. Apanhei o Metro para o hotel e comprei sandes com carne, que vendiam junto do Metro, e cerveja. Cama.
05.05.2005 >> Fui para a Praça Vermelha. Almoço no self-service Sbarro. Conheci a Kate, professora de inglês. Carícias mas foi-se e não voltou. Fui ao Gum e conheci a Irina, já entradota, e a Alina, de 20, avantajada de peito, alta, de olhos verdes. Depois uma que fazia anos e a quem dei uma carícia. Jantar no Sbarro.
06.05.2005 >> Fui para o Kremlin. Conheci várias moças, entre elas a Lena, de 19, com quem conversei bastante. Jantei no Sbarro e, pelas 22:00 horas, fui para o hotel.
07.05.2005 >> Telefonou-me a Sra. Rima, a mãe da Juliet de 35 anos. Mostrou interesse em mim. Pelas 09:30 horas veio a Irina de Lipuietsk. Esquiva. Passeámos. Fomos ao Kremlin. Tudo barrado. Mas comemos num Sbarro, no mesmo Centro Comercial do outro. Ela foi comprar o bilhete de regresso e eu conheci no Centro Comercial a bonitinha Lena, de 18, estudante de Linguística, que trabalhava no McDonald’s. Pelas 17:00 horas veio a Irina, que tinha filho e conheci pelos jornais. Passeámos pelas avenidas. Hotel. Intimidades. Eu ressonei. Viemos ao hall comer sandes. Voltei só ao meu quarto. Telefonei à mãe da Júlia. Quando regressei ao quarto 1038, a Irina tinha desaparecido. Entregou a chave na recepção, sem nada me dizer. Mas não tocou em nada meu. Dormi no 1038, embora tivesse também o 0-505.
08.05.2005 >> Revelei fotos=236 rublos. Metro para a Sportivnaia station-Novodevich Monastery, em reconstrução. Comi no Sbarro e visitei duas igrejas. Numa casou Puskin. Conheci duas irmãs, a Oksana e a Kátia, esta militar. Choveu forte durante horas. Fomos para o Metro com chuva. Junto do hotel conheci a Mila, professora de Inglês, com a mãe Svieta. Foram ao meu quarto tomar um porto. Telefonou a Lena, já tarde.
09.05.2005 >> Festejo dos 60 anos da Pobieda (Vitória). Vi pela televisão, porque o Kremlin estava fechado. Depois fui para o Kremlin. Tive de ir para a Praça Puskin. Muita gente na rua. Conheci duas moças de Tambov, Olga e Jana, e muitas outras. Comi no MacDonalds. Conheci a Lena e amiga, ambas do Kazaquistão. A Lena, de olhos azuis, queria vir comigo. Fiquei de me encontrar com elas no dia seguinte. Depois conheci a Inna, actriz, de 30 anos, bonita. Conheci muitas outras. Deitei-me pela meia-noite, depois de assistir ao fogo de artifício.
10.05.2005 >> Kremlin. Fui à Igreja da Ressurreição (Voskreshenia), que fora transformada em piscina pelos sovietes. Na escadaria conheci a Verónica, que já estivera em Portugal, e a irmã Valentina, cirurgiã. Visitámos a igreja. A Valentina mostrou interesse em mim. Almoço. Telefonei à Lena. Encontro para o dia seguinte. Conheci a Inna, de 28, licenciada em Física. Café. Foi comigo ao hotel beber um porto. Muitas carícias. Séria. Ofereci-lhe uma blusa rosa, um perfume espanhol, amêndoas, um garrafa de vinho verde. Levei-a ao Metro. Jantei sandes no quarto.
11.05.2005 >> Kremlin. Conheci a Júlia, bonita, que vinha da igreja, e a Igvénia, de matemática, de 22, que ficou interessada em mim. Carícias.
Depois conheci a Anne, gordita. Conversámos muito. Dei-lhe flores e carícias. No Sbarro conheci a Júlia, muito bonita, de vestido preto, bancária, de uns 20 anos. Telefonou a Nataly. Fiz as malas.
12.05.2005 >> Regresso a Lisboa por Zurich.
Gastos = 430 euros + 80 $ (rublos).
VIAGEM AO BRASIL
Últimos dias de Março e primeiros de Abril de 2005
A convite do Sr. Matos, que tinha um pequeno hotel em Maria Farinha no distrito Paulista, fui até ao Nordeste brasileiro, indo de avião para Recife, no Estado de Pernambuco. Aí esperavam-me e levaram-me de carro até Maria Farinha, uma pequena povoação junto a uma enseada, formando uma praia razoável. O Sr. Matos tinha proporcionado umas pequenas férias com duas moças brasileiras – a Mariana e a Indianara.
Passámos os dias na piscina do hotel e na praia. Às tardinhas íamos tomar umas bebidas a um pequeno café da aldeia. Passeámos durante um dia pelas praias dentro de ilhotas no mar- as caravelas, onde almoçámos bom peixe. A água era morna.
Eu fui numa excursão de dia inteiro com guia a Olinda, essa linda cidade que fora a capital de Pernambuco, capturada pelos holandeses, libertada depois com a Restauração, para o que contribuíram os sermões do Padre António Vieira, como «Contra as Armas de Holanda». É uma cidade típica dos séculos XVI-XVII, com muitas igrejas e conventos, a 7 quilómetros do Recife. Os holandeses roubaram os materiais de construção, incluindo telhas, para fazerem suas casas em Recife.
Também visitei Recife, capital de Pernambuco, com um jardim onde se encontrava um grande embondeiro.
Com o Sr. Matos e moças brasileiras fui umas duas vezes jantar mariscada e rodízio em Recife.
Enfim, foram umas férias agradáveis numa zona que eu não conhecia.
VIAGENS CÁ DENTRO
Verão de 2005
No Verão de 2005 fui convidado pelo Centro de Estudos Ibéricos da Guarda(CEI) a proferir uma palestra sobre Quadrazais, cujo resumo foi publicado na Revista Cultural da Guarda (Praça Velha) em Novembro desse ano.
Eram diversos oradores sobre temas relacionados com a região da Guarda e povoações contíguas do distrito de Castelo Branco. Tive ocasião de visitar Idanha-a-Velha, com os seus vestígios arqueológicos, em especial a catedral visigótica e um lagar de azeite, Idanha-a-Nova, Castelo Novo e Alpedrinha, terra do famoso Cardeal D. Jorge da Costa.
Regressámos à Guarda no mesmo autocarro. Dormi lá numa Pousada, após um lauto jantar no Solar da Beira na Praça Luís de Camões. A Guarda fez jus ao seu ápodo de farta. O outro seria «fria» mas, no Verão, não se aplica.
:: ::
«Viagens dum Globetrotter», por Franklim Costa Braga
:: ::
Leave a Reply