Está a surgir um novo tipo de Capitalismo, um Capitalismo radical que quer a destruição total do Estado Social, é o modelo económico da Extrema Direita. Este extremismo económico está a ser apoiado por uma grande parte da elite económica europeia.

As lutas políticas que se travam não são só entre partidos políticos e classes sociais, presentemente existe uma luta entre o «partido» de Wall Street que controla o F.M.I., e um outro formado por elites económicas e políticas que são muito mais radicais e pretendem destruir por completo o Estado Social. Defendem a privatização total da Saúde, do Ensino, transportes, e a diminuição acentuada da carga fiscal dos mais ricos.
Para vermos o retrocesso a que podemos estar sujeitos, sabemos que em finais do século XIX nos países industrializados como a Inglaterra e a Alemanha, as doutrinas liberais como o «Laissez Faire», começaram a ser postas em causa, e a ideia de um Estado Social surgiu, criando espaço para a Justiça Social. É este o retrocesso a que a Extrema Direita nos quer levar.
Já o Neoliberalismo dos boys de Chicago comandados por Milton Friedman e que fez a sua aparição no Chile de Pinochet, foi um desastre a nível político, económico e social, o que será então o «Laissez Faire» da Extrema Direita…
Termino com umas palavras do Papa Leão XIII acerca das condições de trabalho em 1891 e que fazem parte da sua encíclica Rerum Novarum. Convém dizer que a então Doutrina Social da Igreja era uma tentativa para suster o perigo da Revolução Social :
« A classe mais rica tem muitas maneiras de se proteger e necessita menos do auxílio do Estado; ao passo que a multidão dos pobres não tem recursos próprios de que lançar mão e carece de depender sobretudo da assistência do Estado.»
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«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Junho de 2008.)
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