Não se é sabugalense sem ter saudades da sua terra natal…
Impedido, por motivos de saúde, pois acabo de ser intervencionado ao olho esquerdo, de ir até ao Sabugal, é nesta altura que mais sinto a necessidade de rever a minha terra, os meus amigos.
Falta-me o Côa; falta-me o Largo da Fonte, mesmo que em obras; falta-me a rua principal; falta-me o castelo.
Faltam-me tardes perdidas em conversas sobre tudo e sobre nada com tantos e tantos amigos que gostaria de rever.
Falta-me, enfim, tudo o que me moldou enquanto homem e enquanto sabugalense.
Mas esta semana, sinto particularmente a falta de um amigo, o Armando «colega»!
Como percebo hoje porque os seus amigos lhe chamavam, assim, o «Armando colega»!
Infelizmente só me apercebi plenamente da valia desta alcunha após a sua prematura morte, do que ainda hoje não me perdoei.
A ele devo ter como lemas de vida a honra, a honestidade, a lealdade, o cumprimento da palavra dada, o ser mais do que o ter.
Claro que o Armando «colega», mais do que amigo era o meu pai e faz domingo anos que partiu prematuramente, deixando-me esta sensação horrível de orfandade.
E também por isso, esta imensa saudade de ir ao Sabugal…
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«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Setembro de 2007)
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