Porquê o nome da terra ser este (Casteleiro)? O que se diz da minha aldeia e onde fui encontrar tantas referências? Esta e outras questões servem-me hoje para, mais uma vez, homenagear a minha terra-natal. Se gostar do que vai ler, diga…

Esta palavra… Casteleiro
Há mais de 10 anos, escrevi algo de que muito me orgulho sobre a minha terra: «Como e quando e fundado por quem nasceu o povoado onde nasci e que hoje começa a ter outra vez projecção? De onde lhe vem o nome de Casteleiro? Por intuição, sempre pensei que o mais lógico era que estivesse relacionado com castelo: fosse o Castelo de Sortelha, fosse um dos castros que haveria em bom número aqui na zona. Para tanto, recuo sempre uns 13 ou 14 séculos na História e penso em tempos de dureza, de sobrevivência difícil, de lutas pela terra mais fértil, e também tempos de afirmação de autonomia e mesmo de soberania. Por comodidade, sou levado a pensar em cristãos e mouros.»
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As palavras do nosso Povo e os seus muitos significados…
Sempre ouvi expressões destas, sempre adorei ouvi-las, sempre as recordo com saudade:
«– Aquele anda sempre com macacadas. Quer dizer que ora diz uma coisa, ora diz outra; ora se comporta de uma maneira, ora de outra. Não se pode confiar muito no que ele diz e faz. Ou então que é pouco firme nas suas atitudes para com os outros. Sendo macacada, em princípio, um conjunto de macacos, parece-me que a palavra aparece naquela expressão de algum modo abastardada também.
– Ah, cão de água! Uma mãe, já farta das tropelias do filho, chama-o para vir para casa e comportar-se com juízo. Como ele não deixa de fazer asneiras, vai de rotulá-lo como cão-de-água. Como se o animal não fosse em si mesmo tão bem educado e tão meigo. Então os cães-de-água (como o da foto), coitadinho…»
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O centeio era tão bom!
«No Casteleiro sempre se cultivou muito centeio. Aliás «pão» para nós era «centeio». «Trigo» era «trigo». Só depois, já a deambular por outras paragens, como Lisboa, é que vem a surpresa: não há pão/centeio e toda a gente fala de pão mas é trigo. Na meninice e juventude isto faz cá uma confusão… Naqueles dias com piada, tal como pelos séculos anteriores se foi aperfeiçoando essa arte, o centeio era fonte de vários produtos essenciais e alguns acessórios da vida rural: antes de mais, a ferrém: quando o pão-planta, ainda no alqueve, é pequenito dá para os animais comerem.
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Boa semana para nós todos.
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«A Minha Aldeia», crónica de José Carlos Mendes
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Janeiro de 2011)
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