A «desistência» do concessionário da exploração das Termas do Cró volta a colocar na ordem do dia este «produto» sabugalense.

Em que moldes devem as Termas do Cró funcionar?
Fui durante mais de uma dezena de anos aquista, tendo frequentado, normalmente, as termas da São Pedro do Sul, excepto num ano em que fui para as termas do Carvalhal em Castro Daire.
Estas termas são tão pequenas, ou mais, que as do Cró e, por isso, aqui as trago como exemplo do que considero dever ser a forma de encarar as nossas termas.
A primeira vez que ali fui, saltou-me à vista a enormidade do hotel existente, face à diminuta dimensão do estabelecimento termal. E, na verdade, os aquistas que lá estavam, ocupariam, no máximo, 10% da capacidade hoteleira.
Só que tudo mudava nos fins-de-semana quando, de repente, vários autocarros despejavam turistas que, rapidamente, esgotavam a unidade hoteleira.
Mas qual era o milagre?
Pois bem, o milagre chamava-se, pura e simplesmente, parceria!
O Município, a gestão das termas, o hotel e os agentes turísticos nacionais, com a participação também da Casa do Concelho de Castro Daire em Lisboa, «vendiam» o produto Termas «embrulhado» em pacotes de fim-de-semana que incluíam estadia no hotel, tratamentos de bem-estar nas Termas, visitas guiadas ao património cultural, patrimonial e natural do Concelho.
Os aquistas, como eu, continuavam a fazer os seus tratamentos termais, mas eram aqueles visitantes que tornavam possível a existência das termas e do hotel!
E o Concelho de Castro Daire aumentava a sua capacidade de atração de visitantes!
Não há soluções iguais para situações diferentes, mas vejo aqui um bom ponto de partida para as termas do Cró.

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«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Setembro de 2007.)
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