Hoje, 14 de Julho, passam 231 anos sobre a tomada da Bastilha. Um acontecimento importante na Revolução Francesa, revolução que foi uma espécie de sismo que se sentiu em toda a História do século XIX, ela não surge isolada em França, não é puramente francesa.
Os historiadores encontram paralelismos e sincronismos em várias agitações revolucionárias, como por exemplo a Revolução Americana entre 1776 e 1783, esta é uma Guerra de Libertação, libertação do jugo inglês por parte dos americanos, mas ao mesmo tempo também uma contestação aos fundamentos e formas do governo colonial.
A Revolução Americana influenciou de tal maneira a Europa do tempo, que entre os voluntários que foram combater ao lado dos americanos encontrava-se La Fayette, que veio depois desempenhar um importante papel na Revolução Francesa, e já depois da Revolução Americana, Thomas Jefferson, embaixador dos Estados Unidos em França avistou-se com um brasileiro de nome José Joaquim da Maia Montenegro e prometeu-lhe apoio para a independência do Brasil, foi desta promessa de apoio que surgiu a tentativa falhada da revolta chamada – Inconfidência Mineira – ou seja da independência do Brasil, do célebre Tiradentes.
A Revolução Americana contribuiu indirectamente para uma crise em França, esta, viu-se obrigada a reunir os Estados Gerais devido ao défice elevadíssimo, causa de empréstimos para operações militares nas Américas. Tudo isto causou um mal estar na sociedade francesa do tempo. Há historiadores que afirmam que a Revolução Francesa resultou da Guerra da Independência dos Estados Unidos.
Mas nos anos que precederam 1789 houve outros movimentos revolucionários na Europa. A própria Grã-Bretanha em 1780 foi palco de agitações sociais e políticas, revoltas de camponeses e operários. Outros países europeus também entraram em efervescência política e social.
Surge então a Revolução Francesa em 1789, durante 70 anos, ou mais, houve uma vaga de revoluções, quase todas copiando a Francesa, há quem fale de uma Revolução Ocidental, ou de uma Revolução Atlântica.
Foi então que em 1822 o Brasil se torna independente, e a Espanha foi perdendo todas as suas colónias, assim como a Inglaterra e a França. Isto nas Américas. Os últimos a cair foram Cuba e Porto Rico (1898).
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«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Junho de 2008)
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