Largos, praças, ruelas, ruas, caminhos… de tudo se encontra em cada aldeia. No Casteleiro, isso não é excepção. Explico isso hoje novamente, voltando ao que escrevi em 2012 e muito mais… Por outro lado, quero repetir o elogio ao bom vinho desses tempos da minha meninice na minha aldeia… E, pelos vistos, não era só lá que se dizia isso. Ora leia por aí abaixo…
Largos e Praças do Casteleiro
O meu primeiro artigo neste nosso jornal foi publicado em 2012.
Nesse mesmo ano, já em Dezembro, escrevi uma descrição pormenorizada da «geografia» da aldeia. É uma localidade muito bonita e muito bem organizada.
Como sabemos, cada terra tem a sua organização específica, quase sempre resultante dos muitos acasos que se cruzaram na vida de cada família… No Casteleiro, houve um facto que condicionou – e estrada ao longo da qual se foram construindo as casas todas -, e outra situação que determinou muita coisa: a igreja acabou por ser construída lá em baixo, e não cá em cima à beira da estrada como se chegou a pensar… Estas duas circunstâncias determinaram a maior parte da actual geografia de ocupação do espaço: ao longo de toda a estrada que é a rua principal; e a ligação do Terreiro à «Estalais», passando pela igreja…
Em fins de 2012 aludi a isso tudo e a muito mais.
Nesse dia, falei dos largos e das praças:
«– o Largo de São Francisco. Dantes era o Terreiro e pronto. Havia lá o marco / um chafariz de uma só torneira amarela e com um esquema de abertura marcante na minha memória: para bebermos água carregávamos com força num «botão» branco (uma mola) que tinha em cima e a água saía cá com uma pressão…
Outros espaços que todos os de lá conhecem bem:
– Largo da Fonte (há lá mesmo uma fonte);
– a Praça, com o seu «Chafariz da Praça», hoje à superfície mas que era lá no fundo, com escadarias de oito a dez degraus, muito bem arrancado – acho que o antigo era mais bonito e mais típico, embora prejudicasse a circulação de camionetas grandes;
– o Baturel, perto do forno que ficava junto do Reduto;
– o Largo do Poço (designação antiga), mesmo em frente do Centro de Animação Cultural;
– o Reduto, onde, parece, dantes havia touradas, fechando-se as ruas todas com carros de bois e tal…;
– o Largo da «Estalais» (Estalagem, claro), que ficava na antiga via romana (em direcção à Estrada, Santo Amaro e Caria) – portanto, havia ali uma estalagem muito, mas muito antigamente, de certeza absoluta;
– o Largo do Chafariz, onde fica o chafariz das duas bicas».
Leia tudo o resto que escrevi nesse dia… (Aqui.)
Vinho do melhor!
Há também mais de oito anos, escrevi aqui uma «peça» sobre o bom vinho do Casteleiro. Orgulho-me do apoio imediato que vou referir… Permita por isso que traga aqui para chamar a sua atenção parte do comentário do saudoso Professor Manuel Leal Freire em 12 Março de 2012:
«O vinho do Casteleiro é inquestionavelmente um vinho de excelência – o que se deve tanto pelas particularidades do clima como pela estrutura dos solos que foram abacelados. As grandes casas agrícolas da freguesia – Tavares de Melo e Mendes Guerra – obtinham índices de qualidade que não destoavam face aos melhores.»
Se quiser, pode ler o artigo que tal comentário suscitou… [aqui]
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«A Minha Aldeia», crónica de José Carlos Mendes
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Janeiro de 2011)
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