Os pequenos deuses que por aí circulam nem se apercebem, devido à sua cegueira pelo poder e pelo dinheiro, que muito longe de serem os mais inteligentes, são na realidade uns pobres diabos!

Parou o carro no largo da aldeia, olhou em redor, não se via ninguém, tudo era silêncio. Sentiu uma violenta felicidade a invadi-lo, o sangue que lhe corria nas veias vinha da mesma fonte do que corria pelas veias dos deuses. Com o tempo, aqueles seres pertencer-lhe-iam por direito natural.
Só temia uma coisa, a Democracia, mas ele sabia que se dominasse o Povo dominava a Democracia, assim fez, conseguiu o poder absoluto, o Povo estava condenado a um papel secundário, só fazia o que ele ordenava. Nos órgãos da Democracia já não se sentavam os eleitos, mas sim os que ele escolhia.
Convenceu tudo e todos que a Democracia só era viável através dele, fez do Povo um refém.
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«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
Maria Rosa Afonso:
Não sei quem disse, mas quem o disse tinha toda a razão: «O Poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente.»
Obrigado pelo comentário.
António Emídio
Eu não tenho nenhuma dúvida de que a democracia corre perigos. São tantos os ditadores à espreita…. Parece que não se aprendeu nada com a história!