Depois de dias sem fim, eis que surge o tão afamado 4 de Maio, representando o início de uma nova era. Os noticiários voltaram aos normais crimes, julgamentos e tricas, as pastelarias e esplanadas voltarão ao normal, os amigos vê-los à distância, como os inimigos, e na prática andaremos como no Carnaval pese embora as máscaras sejam parecidas, podendo, sem malícia, usar o termo castelhano de mascarilha para nos rirmos um pouco. Mas nem tudo são boas novas. Muita amargura ficou e poucas explicações para este fenómeno catastrófico ficaram por dar. Mas não me cabe a mim entrar em especulações, pese embora, tenha o direito de levantar algumas questões.
Ler MaisAo fundo das colinas que vêm da Praça, do Cimo, do Vale e do Fole, forma-se uma superfície plana onde, desde há séculos, corre água, uma com nascente aí, outra escorrendo desde o Robleiro, a que se juntava a proveniente do lameiro do Sr. Zé Jaquim e a do poço do Panto que, no Inverno, vomitava grandes quantidades de água, a ponto de inundar as casas vizinhas, razão pela qual foi entupido com grandes troncos de castanheiros e pedras de cantaria. Toda esta água que chegava à entrada do Vale era entancada para, no pequeno lago que se formava, as mulheres lavarem a roupa…
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