É «sem» ou «cem»? Como uma simples palavra altera por completo o significado da frase, ou do título, neste caso. Infelizmente é «cem». Na realidade, uma viagem sem destino, sem paragens, sem dias, sem horas e sem tempo. Neste caso é «sem» mesmo! É assim que tenho conseguido ultrapassar este longo percurso de confinamento em casa, subitamente um palácio que ao meu olhar até um pequeno bibelot, herdado da minha trisavó, que nunca reparei, é uma valiosa relíquia. Mas sem duvida que ler e escrever é a melhor companhia e terapêutica para vencer estes «cem» dias difíceis.
Ler MaisNada é novo. Tudo já aconteceu em tempos idos. Para não falar das pestes de tempos mais recuados, em que se morria que nem tordos, em grande parte por falta de higiene: não havia água canalizada, não havia esgotos, não existia o hábito de tomar banho e lavar frequentemente as mãos, até porque a água tinha de se ir buscar às fontes e não abundava nas casas ou nos campos onde se trabalhava. Os físicos, médicos da altura, ainda nem sabiam qual a origem da peste e muito menos como curá-la. Sanguessugas e sangrias eram os remédios mais frequentes, mas ineficazes. Faziam-se fogueiras para purificar os ares, pensavam eles, julgando que o vírus andava no ar e podia ser queimado. Cercos sanitários não ocorreram mas havia muita gente que procurava melhores ares fora dos meios urbanos.
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