Mas desta vez, Angela Merkel não vem só, traz com ela a senhora Ursula Von der Leyen e uns amigalhaços holandeses, entre eles talvez venha aquele que disse referindo-se a Portugal, e não só: «Não posso gastar todo o meu dinheiro em licor e mulheres e a seguir pedir ajuda.» E a comandar esta tropa toda presumo que esteja o Schäubler.

A União Europeia não passa de um clube oligárquico…
Sem dúvida alguma que a União Europeia foi um dos grandes projectos europeus (pessoalmente sou um europeísta-Federalista, exijo é solidariedade entre os países que compõem a União Europeia, não uma solidariedade entre os mais ricos e poderosos, o que acontece presentemente) mas também sei que todos os grandes projectos são atraiçoados, ou deturpados pelos países mais ricos e poderosos que se perpetuam no poder tornando-se prepotentes, o caso da Alemanha na União Europeia.
Quando a Alemanha e os seus aliados nos falam na igualdade de direitos e até de decisões, isto é só para estar no papel, porque antes de qualquer reunião já tudo está decidido. Presentemente, com o Covid-19, os países mais débeis economicamente tomaram uma posição de força em relação ás ajudas económicas, mas até ao momento a Alemanha e a companheira de ocasião, a Holanda têm a última palavra. Creio que os europeus já se aperceberam que a União Europeia não passa de um clube Oligárquico, onde há países de primeira, de segunda e até de terceira. Que ideologia tem a União Europeia? A do cálculo, do dinheiro, dos interesses económicos e políticos dos países poderosos.
Fiquei deveras surpreendido, e até contente (ao menos não sou só eu que vou escrevendo as verdades…) quando li num jornal português o seguinte: «Na verdade estou quase a desejar que a Itália dê um murro na mesa, saia do Eurogrupo e estoire com esta União de fachada.» Não querido(a) leitor(a), não foi no «Avante», foi no «Expresso»!!!
Desde que comecei a escrever no «Capeia Arraiana», já lá vão doze anos, venho mostrando como posso e sei, o funcionamento da União Europeia, comecei com a crise económica de 2008 e continuo com a pandemia do Covid-19. Até ao momento tudo se mantém igual.
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«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
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