A mutualização da dívida é um problema recorrente nos grandes momentos de crise entre os países da União Europeia. É nesta altura que poderíamos sentir a solidariedade entre os Estados, evitando criar nos cidadãos e nos governantes uma grande frustração. Assim, ainda não há muito tempo, o Primeiro-Ministro português mostrou o seu ressentimento contra a dura atitude do Ministro das Finanças holandês de não aceitar a implementação dos designados coronabonds, ultrapassando até os cânones da boa conduta entre representantes de países soberanos, apelidando-o de repugnante, mesquinho. O Primeiro Ministro Italiano também não colocou freio nas suas palavras, afirmando que «a imagem que os italianos têm da Holanda acaba de ser conspurcada para sempre». E Matteo Salvini aproveitou logo para tirar a conclusão: onde está a utilidade de fazer parte desta Europa?
