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06 Abril 2020

Casteleiro – A outra guerra e esta agora…

Por José Carlos Mendes
José Carlos Mendes
A Minha Aldeia, Casteleiro, CoronaVírus, Saúde buco zau, coronavirus, josé carlos mendes Deixar Comentário

Na passada quarta-feira, um simples email que recebi de onde não esperava numa altura de isolamento e de guerra psicológica. Dois dos meus camaradas de tropa na guerra em Cabinda, do mesmo Batalhão, dirigiram-se a todos nós inesperadamente em termos de combate e de quase Ordem de Operações.

Viaturas do exército português numa estrada de Buco Zau, na província de Cabinda em Angola
Viaturas do exército português numa estrada de Buco Zau, na província de Cabinda em Angola

Grande surpresa…

Tudo isso me levou aos dias daquela guerra, como quem disse:

– Ninguém arreda pé. Esta guerra contra o vírus também é para ganhar. Portanto, vamos cerrar fileiras e ninguém arreda pé!

Fui apanhado de surpresa e tudo isso me levou novamente do Casteleiro a Mafra, Lamego, RI-1, Amadora, avião da tropa e desembarques em Luanda primeiro e depois, em corveta da Marinha até Cabinda, e foram mais 26 meses do caraças…

Pois bem! Agora, na guerra contra o COVID-19 que aí está e veio para ficar, esses amigos falaram assim (curto e rápido):

Um deles: «Camaradas, Aqui fica o meu abraço de solidariedade a todos e que o vosso espírito combatente e disciplinado contribua para a vitória contra esse inimigo. (…) E que nunca por vencidos nos conheçam.»

E o outro: «Boa noite amigos e companheiros. O tempo e as suas circunstâncias justificam esta minha visita. À guisa de aerograma, sirvo-me desta ferramenta para saber de vós. Qualquer sinal desse lado pode ser o abraço que, em tempos tão interpelativos, ajude a encurralar e destruir este terrorista invisível e traiçoeiro que é o COVID-19. Abraço.»
.
Aqui agradeço publicamente. Vamos sempre em frente, Camaradas de Armas. Um grande abraço desde o Casteleiro e de Lisboa. Sou o alferes miliciano Mendes, lembras-te, Óscar? Lembras-te, Caetano? Obrigado pela força.

Do Casteleiro, Guarda, a Buco N’Zau, Cabinda

Já agora, e porque estas coisas mexem fundo, quero recordar em resumo aqueles dias de guerra colonial. Escrevi aqui no «Capeia» há oito anos uma crónica que muito me emociona sempre:

«Do Casteleiro a Buco Zau (1971-74)… Nada de muitos pormenores: só um cheirinho. Esta é uma parte não despicienda do património psicológico de cada uma das nossas aldeias. (…) o destino foi uma vilória no meio da floresta virgem do Maiombe, em Cabinda, a 14 km do Congo Brazzaville e a 21 do Congo Kinshasa. Não vou contar desgraças da guerra. Isso, já está tudo espremido. Foram dias do diabo. 27 meses. Sempre a pensar que podia ser o último segundo. G3, granadas, bazookas, HK 21, lança-granadas-foguete… de tudo. E sempre tudo a rebentar, a disparar, a lembrar que não era treino mas coisa séria. Tudo marcadinho na memória até agora. (…) Quando me lembro, essa memória ainda me arrasta outra vez para os cenários da tropa. Muitos e cada um mais complexo que o outro. Primeiro em Mafra em Julho de 1971, depois em Lamego, na Amadora (á espera de embarque), viagem para Luanda em 2 de Agosto de 1972 (nove horas de avião com o batalhão todo), por fim em Cabinda, junto do Rio Luáli (o que significa rio do ouro – e onde de facto havia, diziam, pepitas de ouro, e onde, sintomaticamente, fui encontrar um fazendeiro de Penamacor, Viriato de seu nome).»

Pode ler o resto… (Aqui.)

Boa semana com todos os cuidados por causa das coisas…

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José Carlos Mendes
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