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22 Março 2020

Ecos de uma efeméride

Por Isidro Alves Candeias
Isidro Alves Candeias
Agricultura / Ambiente, Agricultura/Ambiente, Cultura, Ecos, Sabugal isidro candeias Deixar Comentário

Em 22 de Fevereiro, faz hoje um mês, foi-nos dado proferir, em Sortelha, a Oração de Sapiência no XI Capítulo da Confraria do Bucho Raiano, que ali teve lugar. Atenta a antecedência de precisamente um mês para a celebração do Dia Mundial da Água, entendemos terminar a dita Oração com uma alusão à água.

Dia Mundial da Água – 22 de Março

Água fonte de vida…

É essa alusão à água que aqui trazemos, enriquecida com o Documento da ONU, de 10 pontos, atinentes à Declaração Universal dos Direitos da Água, documento que não constou da proferida Oração, já um pouco extensa e para não a alongar mais.

Celebra-se, pois, hoje, 22 de março, esse Dia, instituído pela Organização das Nações Unidas, através de uma Resolução de 21 de fevereiro de 1992.

Vem daí a Declaração Universal dos Direitos da Água, cujo teor merece uma atenção, conhecimento, meditação e cumprimento. Temos, resumidamente, dessa Declaração que:

1 – A água faz parte do património do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão, é plenamente responsável aos olhos de todos.

2 – A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Sem ela não poderíamos conceber, como são, a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura.

3 – Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimónia.

4 – O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e dos seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e com um funcionamento normal para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

5 – A água não é somente herança dos nossos antepassados; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. A sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

6 – A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor económico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

7 – A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, a sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

8 – A utilização da água implica que haja respeito pela lei. A sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo o homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

9 – A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos da sua proteção e as necessidades de ordem económica, sanitária e social.

10 – O planeamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

Entre as diversas Confrarias, temos também a Confraria da Água – Associação de Provadores de Água de Portugal, de Aveiro.

O dia Mundial da Água, criado pela Organização das Nações Unidas vem efetivamente de 1992, como atrás dito, mas importará também dizer-se que Portugal também celebra, desde 1983, nove anos antes, o dia Nacional da Água a 1 de outubro, a coincidir com o início do ciclo hidrológico.

Atento o valor de tão precioso bem, água fonte de vida, que importa gerir parcimoniosamente e gastar na medida do estritamente necessário, gostaria de terminar com um modesto poema, a ela atinente, concebido expressamente para esta ocasião e como prova de gratidão a esta nobre Sortelha, que hoje nos acolhe.

As suas soberbas, agrestes e fascinantes paisagens, que a envolvem, num entre Douro e Tejo, que lhe disputam a água, cada vez menos abundante, serviram de mote a…

Sonhando uma Ribeira

Em Sortelha altaneira,
há um penedo de tal porte,
que, partindo dali uma ribeira,
correria sobranceira,
para ir desaguar a Norte.

Por entre ravinas e vales
ao Côa teria de ir dar,
que, de afluente do Douro,
pelo Porto e até à Foz
chegaria um dia ao mar.

Da mesma ribeira se diz
esta verdade singular:
Que, fechando-lhe o tornadouro,
à falta de um sumidouro,
outro rumo iria tomar.

Correria até ao Zêzere
e por ele até Constância
para o Tejo engrossar.
Banharia o Ribatejo
e passaria por Lisboa
antes de ao mar chegar.

Este tratado de águas,
tratado com tal primor,
p’ra desaguarem na perfeição,
é do Amigo Martins,
nascido em Penamacor
e meu vizinho no Algueirão.

Por falar em águas e em ribeiras, caberá dizer que, para efeitos destes meus versos, o tema da água e de um barroco, que entendi alterar para penedo, é do meu Colega, Amigo e vizinho Martins, (António Martins Borrego) natural das Águas, do concelho de Penamacor e morador no Algueirão, a dois passos da Rua da Ribeira.

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«Ecos»
, crónica de Isidro Candeias

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