O assunto Coronavírus é incontornável. Não seria possível falar de outra coisa…

1. Agradecimentos
Deixem-me começar por aqui. Devemos todos os portugueses que não têm de o fazer, de agradecer a todos os que, pelas profissões que desenvolvem, saem todos os dias das suas casas para que todos estejamos melhor. E não falo só dos médicos, enfermeiros e outros profissionais ligados à saúde. Falo também dos polícias e demais elementos das forças de segurança; falo dos bombeiros; falo das funcionárias dos lares; falo dos funcionários públicos; falo dos condutores dos transportes públicos; falo dos empregados dos supermercados; falo dos agricultores; falo dos operários das fábricas; e falo também dos pequenos comerciantes que, com risco da sua própria saúde, mantêm abertos as suas pequenas lojas, cafés, etc, que são o seu ganha pão.
A todos o meu agradecimento.
2. Município do Sabugal
O plano de contingência elaborado pelo Município do Sabugal deve merecer um elogio público, pois respondeu de forma célere e, quanto a mim, acertada, a esta situação.
3. O fecho das fronteiras
Parece ser unânime o pedido para que as fronteiras de Portugal sejam fechadas.
Mas deixo aqui uma simples pergunta: Temos o direito de barrar o retorno à sua terra natal aos sabugalenses que, por motivos, quase sempre, económicos e de sobrevivência, um dia foram obrigados a abalar para outros países para melhorarem a sua vida?
4. Uma nota pessoal
Falo para os que, como eu, não necessitam de ir trabalhar e ficam em casa.
Há tanta coisa para fazer em casa! Fazer aquelas limpezas que nunca temos tempo de fazer; fazer uma vistoria à roupa que vamos amontoando nos armários e roupeiros e tomar a decisão de separar para atirar fora (pode ser meter no espaço que, por exemplo, a Caritas espalhou um pouco por todo o país), o que na verdade nunca mais vestiremos; pode ser arrumar a estante dos livros; pode ser ler aquele livro que andamos há tanto tempo para ler; pode ser vermos aquelas séries televisivas que nunca temos tempo para ver; pode ser tratar das plantas que temos em casa ou no jardim; pode ser…
Porque não reaprender a falar e a estar com a mulher, o marido, os filhos? Ou ligar aqueles amigos e amigas para os quais nunca temos tempo de ligar?
Vá lá minha gente! Vamos improvisar! Estar fechado em casa não tem de ser uma coisa má!
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«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
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