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Página Principal  /  Invasões Francesas (A.G.) • Memórias de Sortelha • Sortelha  /  Invasões Francesas – nótulas (13)
14 Dezembro 2019

Invasões Francesas – nótulas (13)

Por António Gonçalves
António Gonçalves
Invasões Francesas (A.G.), Memórias de Sortelha, Sortelha antónio gonçalves 3 Comentários

:: :: NÓTULAS :: :: Algumas aldeias raianas foram fustigadas pelos soldados napoleónicos entre Julho de 1810 e Abril/Maio de 1812. Em Julho de 1810, após a tomada de Almeida realizaram razias nas aldeias raianas; na retirada, em Fevereiro ou Março de 1811, entraram no concelho de Sabugal, vindos da Guarda, deixando um rasto de violência e destruição por onde passaram; em Abril de 1812, quando da quarta invasão, as populações foram, mais uma vez, vítimas das barbaridades dos invasores. Muitos arquivos foram destruídos! Provavelmente não houve aldeia do concelho de Sabugal que não tivesse a «honra» de os receber!

Documento na Torre Nacional do Tombo
Documento no Arquivo da Torre Nacional do Tombo

1 – O que aconteceu nestas freguesias do concelho de Sabugal, de que existem registos, é certamente extensível a todas as outras. Após a tomada da praça de Almeida, quando da terceira invasão, em 28 de agosto de 1810, durante várias vezes verificaram-se incursões, durante vários meses, nas diversas freguesias raianas, devidamente confirmadas pelos registos de óbitos.

Monumento comemorativo dos 200 anos da Batalha do Sabugal
Monumento comemorativo dos 200 anos da Batalha do Sabugal

2 – Na retiradas da terceira invasão, antes da batalha de Sabugal, na segunda quinzena de março de 1811, foram as freguesias situadas entre a Guarda e Sabugal que mais sofreram. Após a batalha, de 3 de abril, durante vários meses, os soldados franceses aterrorizaram, pilharam e mataram deixando as populações na miséria. Isto significa que muitos terão permanecido na região! Os crimes contra as mulheres foram certamente de natureza sexual. É natural que nestas paragens haja alguns descendentes desses soldados.

Os soldados napoleónicos aterrorizaram e saquearam a região no verão de 1810; regressaram em meados de março de 1811 e voltaram na primavera de 1812!

Isto significa que as colheitas de 1810 deverão ter sido saqueadas, pois era necessário alimentar a tropa, nos dois anos seguintes as sementeiras certamente que foram destruídas! Assim, ao terror, provocado com a morte de muita gente, seguiu-se a fome e epidemias, como os registos citados testemunham.

3 – Na freguesia de Sortelha não existem os Registos de Óbitos deste período. No Dirão da Rua, conta a ti Laurinda (Laurinda Timóteo), referindo-se a histórias contadas pela sua avó que: «Quando por aqui passaram os franceses as pessoas fugiram para o São Cornélio levando o que podiam! Para enganarem as raparigas, os franceses aprenderam a dizer: «Maria, os franceses já foram embora.»

É provável que tenham aproveitado alguns abrigos do povoado castrejo!

4 – Todos os arquivos paroquiais sofreram danos, a generalidade das informações existentes foi compilada posteriormente pelos respetivos párocos. Ou seja, os soldados, conscientes dos privilégios de que o clero usufruía em Portugal, focaram-se no ataque às igrejas em busca de riquezas.

5 – Muitas capelas e igrejas deverão ter servido de cavalariças. Se isso aconteceu em outras regiões, também deverá ter acontecido na região de Sabugal!

6 – Manuel Isidro da Paz refere, em 24 e 25 de abril de 1811, quando da sua passagem pela região: «Sabugal, Alfaiates totalmente destruídos, Aldeia da Ponte muito destruída mas não tanto, Peraboa he a menos destruída destas acima.»

A não referência a Sortelha, Vila do Touro e Vilar Maior, deverá ser consequência do trajecto escolhido. No entanto, o fato deve resultar da menor importância destes castelos!

O inventário do que foi destruído é algo que está por realizar!

:: ::
«Memórias de Sortelha», por António Augusto Gonçalves

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António Gonçalves
António Gonçalves

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3 Comments

  1. António Gonçalves António Gonçalves Responder
    Sábado, 13 Fevereiro, 2021 às 11:11

    Bom dia.
    Álbum de Campanha sobre Marchas, Manobras e Planos de Batalha do Exército Português, realizado no âmbito da Guerra Peninsular, pelo Capitão Manuel Isido da Paz, PT-TT-CF-212_m0011.TIF.
    Entrar na Torre do Tombo e pesquisar Manuel Isidro da Paz.
    Atenciosamente.

    • Avatar nexopatrimonio Responder
      Sábado, 27 Fevereiro, 2021 às 19:28

      Obrigado!

  2. Avatar nexopatrimonio Responder
    Quinta-feira, 11 Fevereiro, 2021 às 12:46

    Bom dia. Gostaria de saber como acedeu à imagem da Torre do Tombo. Será que me pode enviar o link? Obrigado

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