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Página Principal  /  Casteleiro • Confraria Bucho Raiano • Confrarias  /  Representação da Confraria do Bucho Raiano
16 Outubro 2019

Representação da Confraria do Bucho Raiano

Por Isidro Alves Candeias
Isidro Alves Candeias
Casteleiro, Confraria Bucho Raiano, Confrarias cabrito na brasa, confraria do bucho, confraria do cabrito, isidro candeias Deixar Comentário

No passado dia 12 do corrente mês, acompanhado de minha mulher, representei a Confraria junto da sua congénere Confraria do Cabrito na Brasa do Sabugal, por ocasião do seu II Capítulo, que teve lugar na freguesia do Casteleiro, concelho do Sabugal.

Fotografia de família
Fotografia de família

Ao entrarmos na localidade, ancestral, rica e brasonada aldeia, que se estende ao longo da Estrada Nacional 18–3, no trajecto Caria – Terreiro das Bruxas, que a atravessa, parámos o carro e perguntámos a uma moradora onde era a Junta de Freguesia.

A resposta veio rápida com um: «Mas olhe que hoje é sábado, está fechada.»

Explicado ao que íamos, lá nos indicou, dizendo «os senhores vão sempre em frente até um largo onde estão uns bancos de pedra. Aí viram à direita e seguem. Passado um pouco viram à esquerda que a Junta é logo ali. Expliquei bem?»

Explicou, sim Senhora. Muito obrigado.

E, de facto, explicara.

O representante da Confraria do Bucho Raiano com o estandarte
O representante da Confraria do Bucho Raiano com o estandarte

Foi com agradável surpresa que constatámos a presença de, pelo menos, mais oito confrades e uma confreira da Confraria do Bucho Raiano, sendo que três desses confrades vieram a ser entronizados, pelo que, ao que sabemos, terão passado a integrar ambas as Confrarias.

O Senhor Presidente da Junta de Freguesia do Casteleiro, Dr. António Marques, que também veio a ser entronizado confrade, a todos recebeu na sede da Junta, depois tomou parte na mesa do Capítulo, com novos votos de boas vindas e, mais tarde, foi o competente guia na sábia e segura apresentação de lugares icónicos do Casteleiro, como a riquíssima Igreja Matriz e a Capela do Espírito Santo.

A mesa capitular
A mesa capitular

Na ausência do Pároco do Casteleiro, coube ao Pároco do Sabugal, Padre Manuel Igreja, proceder à bênção dos trajes/insígnias dos entronizandos.

Também presentes o atual e o anterior Presidente da União de Freguesias do Sabugal e Aldeia de Santo António, o anterior acompanhado da Esposa.

Juntamos uma foto, não oficial, de família, na qual se pode ver o estandarte da nossa Confraria e, também, a foto, possível, dos seus elementos, que, para o efeito, conseguimos juntar.

Com o conhecimento e concordância do Sr. Chanceler, para, juntamente com a prenda, a entregar na habitual troca, entregarmos também à Confraria anfitriã um poema alusivo à situação, bem como a entrega de um exemplar do mesmo aos Representantes das demais Confrarias, apresentámos a ideia à Chancelaria da Confraria do Cabrito na Brasa do Sabugal.

A troca de oferendas
A troca de oferendas

O Chanceler da mesma, Dr. Alexandre Gonçalves, acolheu de imediato a ideia e entendeu que, tratando-se de uma prenda nossa, deveríamos ser nós a proceder à sua entrega, durante o tempo do almoço e após a habitual troca, disponibilizando-se para nos acompanhar, para tal efeito, a cada uma das mesas dos Representantes das demais confrarias ali presentes.

Foi o que veio a verificar-se, com a entrega de um exemplar a cada Representante e, de acordo com as disponibilidades, a entrega a outros confrades e confreiras, incluindo os pertencentes à nossa Confraria e ali presentes, como já referido.

O poema original é sobejamente conhecido, porque estudado e mesmo decorado ou, pelo menos, lido nos bancos (aliás, carteiras) da Escola do Ensino Primário Elementar, IV Classe, na década de 50 do século passado.
A responsabilidade da adaptação para o campo confrádico cabe a quem a concebeu, a pôs no papel e a subscreveu.

Eis o texto do mini-guião entregue:

Portugal

Pus-me um dia a percorrer
Este lindo Portugal,
Pois queria ver, sentir
Seus encantos sem igual.

Fui e vi campos no Minho
Sempre mimosos e frescos,
E vi gentes minhotas
Com seus trajos pitorescos.

Em Trás-os-Montes alpestres,
Com os seus vales sombrios,
Vi águas dos altos montes
Despenharem-se nos rios.

E no Douro verdejante,
Com seus vinhedos e choupais,
Ouvi rouxinóis à noite
Cantar suspiros e ais.

Nas acidentadas Beiras
Vi brilhar a branca neve,
Perto das Penhas Douradas,
Onde o ar é já mais leve.

P’ra bom Cabrito na Brasa
Dei um salto ao Casteleiro,
A representar o Bucho Raiano,
Em manjares o primeiro.

Percorri a Estremadura,
Que lindas e férteis campinas,
Onde cresce o louro trigo
E pastam vacas turinas!

No Alentejo vi as messes
Ondeando como o mar,
E muitas casinhas brancas
Como noivas a noivar.

E mais ao sul, no Algarve,
Terra das amendoeiras,
Vi os quentes, doces frutos
Que pendem lá das figueiras.

Mas não para aqui o encanto,
Que deslumbra o meu olhar.
Vamos, meu coração, vamos
Para as Terras de além-mar.

Onde os Açores emergem,
Como pérolas mimosas
E onde a Ilha da Madeira
Tem o perfume das rosas.

E por sua formosura
É a «Princesa dos mares»…
Mais adiante, outros Povos,
Que agora são nossos pares.

De quanto vi e comi,
Trouxe uma impressão final:
Bom Bucho e bom Cabrito
É em terras do Sabugal.

Aromas e Sabores Raianos
São também um prato forte.
Ficam ali na fronteira,
Mas um pouco mais a norte.

As demais Confrarias
Saúdo todas em geral,
Pois que suas iguarias
Deliciam Portugal.

Poema «Portugal», in Livro Ensino Primário Elementar, IV Classe, por Manuel Subtil, Cruz Filipe, Faria Artur e Gil Mendonça, Livraria Sá da Costa – Editora, aprovado oficialmente, 69.ª Edição, 1950.
(adaptação para o campo confrático).

:: ::
«Ecos»
, crónica de Isidro Candeias

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Isidro Alves Candeias
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