Sem dúvida alguma que eleger os nossos representantes é uma forma de Cidadania, de Liberdade e de Democracia, mas acontece que entre a teoria e a práxis política vai um abismo, ou seja, nós cidadãos só participamos um mínimo na composição e organização da Res Publica!

Não duvidemos que esta sociedade de consumo atingiu um grau de despolitização perigosíssimo, e agora vou dizer-lhe querido(a) leitor(a) o que já muitas vezes escrevi nos meus artigos aqui no Capeia Arraiana: a Democracia também contém em si, e cada vez mais, um alarmante potencial do tipo – posso, quero e mando – com uma agravante, salvo honrosas excepções, não governam os melhores, mas sim os que conseguem ludibriar e deslumbrar, e também os que o poder económico e as organizações supranacionais apoiam, estudos feitos (e exemplos! Digo eu) provam que a Globalização da economia trouxe uma mediocridade às lideranças, e o maior ludíbrio, ou um dos maiores, é quando se fala em êxito económico, porque esse êxito, a existir, é simplesmente de ordem funcional, não é uma coisa sólida, não é uma coisa estrutural que inclua todos os cidadãos, ou seja, que tenha uma grande dimensão social e humana.
Votemos então no dia 6 de Outubro, mas quem votar, vote com a própria cabeça, não com a dos outros, com a do patrão, do cacique, da comunicação social, etc.
Mais cedo ou mais tarde, a Democracia irá reger-se por outros moldes, ela também tem de evoluir, caso contrário, morre.
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«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Junho de 2008.)
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