O Largo de São Francisco estava vistosamente enfeitado. As ruas por onde havia de passar a procissão eram um corrupio até à igreja. Das janelas das casas, agora habitadas, pendiam bonitas colchas de várias cores. Era festa na minha aldeia!
A manhã deste primeiro domingo de Agosto anunciava-se quente, sem que uma brisa corresse, tão quente quanto o coração daqueles que um dia partiram, deixando para trás os torrões que os viram nascer.
A alegria, estampada em cada rosto, era o pronúncio de uns dias férias na aldeia, reviver familiares, amigos e lugares, tantas vezes verdadeiros ícones umas vezes de felicidade outras de agruras.
Crianças, jovens, velhos e menos velhos, cuidadosamente vestidos, enchiam a Rua Direita (mais torta do que direita) que há muito deixou de ter vida farta, calcorreavam-na em passo apressado pois o carro do Sr. Padre Eduardo já tinha dobrado a esquina que dava para o largo da igreja.
Bem lá do alto da imponente torre, as doze baladas marcavam o ritmo da cerimónia religiosa que estava prestes a começar.
Era imperioso marcar presença nesta missa dominical, afinal estávamos a festejar, pela primeira vez, o patrono do Casteleiro – São Salvador.
Todos os Santos que ocupavam lugar de destaque na igreja, com seus altares agora recuperados, incluindo o Santo António (que este ano não teve festa por ausência de mordomos) estavam de cara lavada, vestimentas de circunstância e os seus andores cuidadosamente ornamentados com flores naturais de várias qualidades e cores, preparados para elevarem o ar festivo da procissão tornando mais colorida e alegre a nossa aldeia.
A Banda Filarmónica, elemento imprescindível da festa, veio este ano de Aldeia (agora Vila) do Carvalho, conquistou o seu ponto mais alto durante a missa, deixando todos os crentes de olhos abertos e ouvidos bem alerta, em todos os momentos em que os acordes e as vozes dos músicos se ouviam.
Já com o sol a pique, homens e mulheres com vestes de cor bege ostentavam estandartes e pegavam nos andores para darem início à Procissão. Cada qual carregava o Santo da sua devoção, que de véspera tinha cuidadosamente preparado.
Há muito que as ruas da aldeia por onde passaria a Procissão, não exibiam as suas colchas, algumas feitas por mãos enrugadas mas muito hábeis, de quem um dia partiu para sempre.
Que satisfação para o São Salvador!
Que orgulho para o povo do Casteleiro!
TODOS juntos somos mais fortes.
Parabéns!
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«Viver Casteleiro», opinião de Joaquim Luís Gouveia
Foi uma linda festa obg aus mordomes ??
em nome da mordoma de Sao Salvador Lena Cameira e em meu nome queremos agradecer ao Quim Luis pelo artigo e também um obrigado a todos os casteleirenses que contribuíram para que a festa se realizasse.
Queremos agradecer a Junta de Freguesia e ao Restaurante Casa da Esquila pelo apoio e também a Maria Mendes e Quim Luis pelo lanche que deram aos animadores de rua e ao grupo de cavaquinhos e cantares de S Vicente da Beira e também pelo magnifico caldo verde que todos gabaram
bem hajam
Jorge,
Quem está de parabéns é o povo do Casteleiro que, mais uma vez, se uniu e em pouco tempo criou condições para fazer uma bonita festa e, desta vez, ao São Salvador que apesar de padroeiro do Casteleiro, parecia estar por lá esquecido.
Vamos em frente!
A união faz a força.
JGouveia
Em nome da mordoma da festa Helena Cameira e e Jorge Cameira agradecemos do fundo do coração por esta publicação e toda a ajuda prestada pelo os casteleirenses que contribuíram com os donativos quer pessoalmente ou transferência bancária dando assim grande importância à realização da festa e por fim como já mencionei no início um bem haja ao Quim Luís e esposa Maria Mendes pela ajuda quer no lanche oferecido ao grupo que animaram a nossa festa assim como o magnífico caldo verde;
Bem hajam a eles e a todos os que contribuíram e os só que não contribuíram para o evento se realizar
Grande abraço
Jorge Cameira