Em 1958, Aquilino Ribeiro publicou o romance «Quando os Lobos Uivam». Considerado pelo regime salazarista ofensivo e injurioso relativamente às instituições e ao poder, levou à apreensão da edição pela PIDE e à instauração de um processo-crime ao ilustre escritor. Entre as várias acusações que lhe eram feitas salientava-se aquela em que Aquilino afirmava que Portugal era um «país de pé-descalço», o que, na opinião dos acusadores, «denegria o prestígio internacional do país». Trezentos intelectuais portugueses e estrangeiros subscreveram um manifesto de apoio ao escritor e, no Brasil, onde se encontrava exilado, Adolfo Casais-Monteiro escreveu um notável prefácio num pequeno livro de defesa de Aquilino intitulado «Quando os Lobos Julgam, a Justiça Uiva».
Ler MaisOs seguidores de Maomé começaram a contar o primeiro ano da sua era numa sexta-feira, dia 16 de Julho – corria o ano 622 da era cristã. Deram-lhe o nome de Hedsjera, palavra árabe que significa fuga ou perseguição, em evocação da data em que Maomé saiu fugitivo de Meca para se refugiar em Medina.